Merkel e Macron não têm autoridade para discutir questão ambiental, diz Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a rebater, nesta quinta-feira (4), as críticas feitas pelos governos da França e da Alemanha sobre a política ambiental brasileira. Em café da manhã com deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), ele disse que no Brasil é possível encontrar uma quantidade bem maior de áreas preservadas do que nos países de Emmanuel Macron e Angela Merkel, e que ambos “não tem autoridade” para discutir o assunto com o país.
“Em Osaka, no G20, convidei Macron e Merkel para sobrevoar a Amazônia. Se eles encontrarem um km² de desmatamento entre Boa Vista e Manaus concordaria com eles na questão ambiental. Sobrevoei a Europa, já por duas vezes, e não encontrei um km² de floresta. Diante disso, Merkel e Macron não têm autoridade para discutir questão ambiental com Brasil”, declarou.
Bolsonaro disse que a maneira do Brasil se portar durante o mundo mudou. “Durante décadas, com conivência de chefes de Estado, tivemos um péssimo conceito ambiental no exterior. Agora, isso não vai continuar”, defendeu, citando que os chefes de Estado da Alemanha e da França “achavam” que estavam tratando com governos anteriores em Osaka.
“Esses chefes de Estado, achavam que iam chegar no Brasil demarcando dezenas de áreas indígenas, quilombolas e de proteção após a reunião. Macron, por exemplo, queria que anunciasse junto com Raoni (Metuktire, líder indígena) decisões para questões ambiental. Dei um rotundo não ao Macron sobre reunião com Raoni”, contou o presidente.
Ainda sobre o líder indígena, Bolsonaro afirmou não reconhecer sua autoridade no Brasil e disse que ele é um cidadão como qualquer outro. “Raoni não é autoridade para estar ao meu lado e anunciar decisões sobre o Brasil”, argumentou.
Bancada ruralista
Bolsonaro destacou que a maior demonstração de que está ao lado da bancada ruralista é a indicação de um ministro para o Meio Ambiente “casado” com o agronegócio. “Imaginem o inferno que seria a vida de vocês, se tivéssemos um ministro do Meio Ambiente como os anteriores. Tivemos a oportunidade e bom senso de escolher ministro para Meio Ambiente que casa questão ambiental com desenvolvimento”, ressaltou o presidente.
*Com Estadão Conteúdo
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