Mesmo com críticas, Planalto consegue aumentar apoio para reforma da Previdência
Alvo de críticas pela falta de articulação política com o Congresso, o governo tem conseguido suporte na Câmara para aprovar a reforma da Previdência. Um levantamento feito pelo jornal o Estado de S. Paulo nas últimas semanas mostra que ao menos 198 deputados votariam a favor do texto elaborado pelo Planalto.
A Proposta de Emenda à Constituição que altera o sistema de aposentadorias está a dez dias de ser votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, primeiro grande teste da principal medida de Jair Bolsonaro para o semestre. A previsão é de que o texto seja votado no colegiado no dia 17 de abril.
De todos os que se colocam a favor do projeto, 69 afirmaram que passariam a proposta sem ajustes e 129 fariam emendas. O último levantamento, feito em 21 de março, mostrou que 180 deputados diziam estar dispostos a aprovar o texto.
Para passar o projeto, o governo precisa submetê-lo a duas votações em cada Casa. Na Câmara, são necessários 308 votos em cada sessão. No Senado, 49 é o mínimo de apoios para que a proposta caminhe.
A pesquisa contatou 508 dos 513 deputados nas duas últimas semanas por telefone, e-mail ou assessoria de imprensa. Dos 293 que se posicionaram, 95 disseram que votariam contra, mesmo que haja alterações. Outros 215 preferiram não se manifestar.
Para fortalecer o suporte no Legislativo, Bolsonaro reuniu líderes do chamado “Centrão”, grupo de partidos que conta com 196 deputados na Câmara. A bancada, formada por DEM, PSDB, PSD, PP, PRB e MDB tem 79 parlamentares favoráveis ao texto. O PSL, partido do presidente, agrega outros 34 votos já certos para aprovar a medida, em uma bancada de 54 deputados.
*Com Estadão Conteúdo
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