Mesmo com risco de desgaste, Aécio garante que PSDB apoiará Governo Temer

  • Por Jovem Pan
  • 17/04/2016 17h16
Senador Aécio Neves (PSDB-MG) concede entrevista. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado Edilson Rodrigues/Agência Senado Aécio Neves

Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), afirmou que, em eventual Governo Temer, mesmo que com desgaste vindo da gestão de Dilma Rousseff, a sigla apoiará o Governo até o fim do mandato em 2018.

O senador acredita que medidas impopulares deverão ser tomadas para tirar o País da crise, mesmo que isso signifique um desgaste do PSDB: “é necessário que o vice-presidente tenha também a coragem, a altivez, de apresentar ao Brasil essa agenda. (…) O Governo Michel Temer será de transição e vai tomar medidas emergenciais, e mesmo com o desgaste que pode nos trazer vamos apoiar, vamos ajudar o vice a superar a crise na qual o PT nos levou”.

O tucano afirmou que, mesmo apoiando uma eventual gestão de Michel Temer, o PSDB tem um projeto para o Brasil e acredita nele, tanto que “será reapresentado em 2018”. “Talvez fosse mais oportuno que nós nos preservássemos de um eventual desgaste de um Governo que precise tomar medidas duras. Mas não vamos fazer isso, vamos cuidar de 2016”, completou.

Aécio Neves disse ainda que o Governo prioriza sua própria sobrevivência. “O PT tem uma marca que carregará para sempre: sempre que tiver que optar pelo PT e o Brasil, ficará com o PT”.

Sobre o rito do impeachment no Senado, Aécio Neves acredita que as 10 sessões indicadas pelo STF devem ocorrer em um prazo de 15 dias, e então o impeachment será decidido por maioria simples.

O PSDB defende a implementação de um modelo parlamentarista misto, mas Aécio acredita que isso não pode ser feito no atual momento de crise. “Vindo em um momento de crise ele pode ser inviabilizado. Acontecendo a substituição da presidente, as primeiras medidas apresentadas devem ser políticas, com cláusula de barreira, voto distrital, fim das coligações, para que então o presidente em 2018 possa propor a emenda parlamentarista”, disse.

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