Mesmo presos, três deputados continuam a receber “mordomias” como imóvel funcional e salários
O Conselho de Ética da Câmara deve receber nesta quarta-feira (21) os processos disciplinares contra três deputados federais presos. Mesmo na cadeia, os parlamentares continuam com apartamentos funcionais ou recebendo salários e bonificações.
Paulo Maluf, que cumpre pena em regime fechado e está afastado do mandato, continua com seu apartamento funcional. A data limite para a entrega das chaves era 20 de janeiro e até hoje o imóvel não foi devolvido. Já seus direitos a slários e verbas foram suspensos.
O deputado João Rodrigues (PSD-SC), que está há 40 dias preso, não exerce mandato, mas continua a receber salário. Em fevereiro, foram depositados na conta do deputado R$ 25 mil. E os passaportes diplomáticos dele, de sua mulher e de seus filhos continuam ativos.
O terceiro deputado, Celso Jacob (PMDB-RJ), conhecido por tentar levar queijos e biscoitos dentro da cueca para a prisão, não pode mais frequentar a Câmara, mas em dezembro recebeu salário e gratificação natalina. Com os descontos na folha de pagamento, ele embolsou cerca de R$ 21 mil.
Os processos estão em fase inicial e sem parecer dos relatores. O que se espera é que nesta quarta comecem a ser entregues os relatórios para que o Conselho de Ética decida se continua ou não com processos de cassação de mandato. Se o entendimento for esse, o plenário deve concordar.
Segundo a Mesa Diretora no caso de Paulo Maluf, há a espera pela manifestação da corregedoria para tomar decisão. No caso de Celso Jacob, a Câmara vai aguardar que o STJ decida sobre recurso dos parlamentares. Sobre João Rodrigues, a Mesa Diretora, afirmou que não houve suspensão de pagamentos porque deputado ainda está no exercício do mandato, mas há desconto proporcional de faltas.
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