Ministério da Saúde divulga plano nacional de vacinação contra Covid-19
Profissionais da saúde, idosos e pessoas com comorbidades terão prioridade na imunização; são citadas no PNI as vacinas da Oxford/AstraZeneca, do Covax Facility, da Pfizer/BioNTech, da Janssen, do Instituto Butantan/Sinovac, da Bharat Biotech, da Moderna e do Instituto Gamaleya
O governo federal lançou, na manhã desta quarta-feira, 16, o plano nacional de vacinação para Covid-19. Ainda não há uma data para o início da imunização, mas o Ministério da Saúde informou que a aplicação das doses pode começar cinco dias após o aval da Anvisa. De acordo com a pasta, toda a população deverá ser vacinada em até 16 meses. Na terça-feira, 15, foram divulgados os critérios preliminares para definição dos grupos. No documento está prevista a intenção de realizar acordo para aquisição da CoronaVac, a vacina do Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac. A recusa do imunizante vinha sendo objeto de ataques entre o presidente Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria, que chegou a anunciar um plano estadual de imunização caso o governo federal rejeitasse a CoronaVac.
Por enquanto, a primeira etapa da imunização está dividida em fases e prevê imunizar 51 milhões de pessoas com 108,3 milhões de doses. Do investimento total, já foram destinados R$ 80,5 milhões para aquisição de mais de 300 milhões de agulhas e seringas. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, garantiu que todos os estados serão tratados da mesma forma. “Todos os brasileiros receberão a vacina de forma grátis, igualitária, proporcional. Vacinas registradas e garantidas em sua segurança e eficácia. Não podemos brincar com a saúde da população brasileira.” Na cerimônia também estavam presentes o presidente Jair Bolsonaro e outros ministros.
Fase 1
Trabalhadores da saúde;
Pessoas de 75 anos ou mais;
Pessoas de 60 anos ou mais institucionalizadas;
População indígena aldeado em terras demarcadas, povos e comunidades tradicionais ribeirinhas.
Fase 2
Pessoas de 60 a 74 anos.
Fase 3
Pessoas com morbidades — diabetes mellitus; hipertensão arterial grave; doença pulmonar obstrutiva crônica; doença renal; doenças cardiovasculares e cerebrovasculares; indivíduos transplantados de órgão sólido; anemia falciforme; câncer; obesidade grave (com IMC maior ou igual a 40).
Também constam como grupos prioritários povos quilombolas, trabalhadores da educação (professores e funcionários públicos e privados), pessoas com deficiência permanente severa, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema de privação de liberdade e a população privada da liberdade. Até o momento estão previstas encomendas de 210,4 milhões doses da vacina da Oxford/AstraZeneca — sendo 100,4 até julho de 2021 e mais 110 milhões da produção nacional entre agosto e dezembro de 2021. Do consórcio Covax Facility, são previstas 42,5 milhões de doses — ainda sem laboratório definido.
Além disso, foram firmados memorandos de entendimento, que expõem a intenção de realizar acordos, com a Pfizer/BioNTech, Janssen, Instituto Butantan/Sinovac, Bharat Biotech, Moderna e Instituto Gamaleya. Com o Instituto Butantan e as farmacêuticas Bharat Biotech, Moderna, Gamaleya e Janssen, foram solicitadas informações de preços, estimativa e cronograma de disponibilização de doses, dados científicos dos estudos de fase I, II e III. Para a Pfizer/BioNTech, foi sinalizado interesse em 70 milhões de doses — sendo 2 milhões de doses previstas para o primeiro trimestre, 6,5 milhões no segundo trimestre; 32 milhões no terceiro trimestre e 29,5 milhões no quarto trimestre. Com a Janssen, a intenção é de 38 milhões de doses — 3 milhões de doses no segundo trimestre de 2021, 8 milhões no terceiro trimestre de 2021, 27 milhões no quarto trimestre de 2021.
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