Ministério da Saúde libera R$ 152 milhões em caráter emergencial para o Rio
Recursos são destinados às unidades de saúde do município que estão paralisadas por falta de pagamento de funcionários. O prefeito Marcelo Crivella (PRB) alega que a crise na saúde é falsa
O Ministério da Saúde determinou, nesta sexta-feira (13), a liberação de R$ 152 milhões em caráter emergencial para a prefeitura do Rio de Janeiro. Os recursos são destinados às 24 unidades de saúde do município que estão paralisadas por falta de pagamento dos funcionários há pelo menos dois meses. O objetivo é garantir o retorno imediato dos profissionais ao trabalho e a retomada do atendimento à população.
Os recursos serão entregues ao município em duas parcelas de R$ 76 milhões, a serem pagas em dezembro e janeiro. A informação foi dada pelo Ministério da Saúde após reunião no Rio com o prefeito Marcelo Crivella (PRB). A verba é referente a uma dívida que o município cobra da União relacionada a unidades de saúde que foram municipalizadas entre 1994 e 2000.
Nesta sexta, funcionários do setor de terceirizados da saúde entraram no quarto dia de greve e alguns já começaram a receber os salários – representantes da categoria afirmam, no entanto, que os benefícios ainda não foram pagos. Eles fizeram manifestações em frente ao Palácio da Cidade e também na porta do Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha do Governador. A direção do Sindicato dos Enfermeiros do Rio informou que a paralisação só será suspensa quando o dinheiro for efetivamente depositado.
No fim da tarde de quinta (12), o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou o confisco de R$ 300 milhões das contas do município, recursos também destinados ao pagamento dos salários atrasados. O prefeito foi para as redes sociais dizer que a crise na saúde é falsa.
“Não há crise, é falsa”, disse. “Houve, sim, atraso de um mês, em alguns casos de dois meses, nas OSs, mas só nelas. Ontem [quarta] já pagamos cinco mil agentes de saúde e técnicos de enfermagem. Todos estão com os salários em dia. A prefeitura do Rio continua lutando arduamente para manter seu padrão de excelência sem a menor preocupação com a exploração política, que, além de não ajudar em nada, torna a vida pública apenas medíocre, insensata e insensível.”
*Com informações do Estadão Conteúdo
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