Ministério Público abre inquérito para apurar se Marcelo Crivella cometeu nepotismo na prefeitura do Rio
O Ministério Público abriu um inquérito para apurar possíveis atos de improbidade administrativa cometidos pelo prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), ao viabilizar a atuação do filho, Marcelo Hodge Crivella, como gerente de recursos humanos do governo municipal, além de interferir em escolhas no Poder Executivo da cidade.
A portaria do MP fluminense indicou que a divulgação pela imprensa de que o filho estaria auxiliando o pai na escolha do novo secretário de Cultura. Marcelo Hodge Crivella chegou, inclusive, a realizar “entrevistas” com candidatos ao cargos, agindo como gestor de recursos humanos de forma aparentemente clandestina.
Moralidade
A promotoria alega que essa atuação irregular, se for confirmada no contexto da investigação, viola o princípio da “moralidade administrativa”, regra descrita em “súmula vinculante” do Supremo Tribunal Federal (STF). Em resposta, o prefeito disse que o Ministério Público “não pode ter uma atuação baseada em notas de jornal”.
“Sei que o MP quer reconstruir sua imagem, daquele período do [Sérgio] Cabral, em que o povo do Rio cobrava providências e só o Ministério Público Federal tomou medidas, mas não é assim que vai recuperar sua imagem”, disse, em referência ao ex-procurador-geral de justiça que teria blindado o ex-governador de investigações.
Nepotismo
Em fevereiro de 2017, a nomear do filho do prefeito para secretário-chefe da Casa Civil do município gerou três reclamações no STF. Uma delas foi acolhida por Marco Aurélio Mello e causou a anulação da posse de Hodge. O ministro entendeu que “a nomeação afrontou decisão da Corte, que impede o nepotismo na administração pública”.
*Com informações da Agência Brasil
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