Ministério Público cogita usar delações premiadas no caso Brumadinho
O procurador-geral da Justiça mineira, Antônio Sérgio Tonet, afirmou em entrevista ao jornal o Estado de S. Paulo que poderá usar delações premiadas para esclarecer as responsabilidades pelo desastre de Brumadinho. O representante do Ministério Público disse que “tudo está sendo considerado” no caso.
Cinco suspeitos de responsabilidade pela tragédia já foram detidos e a Justiça congelou R$ 11 bilhões da Vale. Segundo Tonet, parte dos presos já prestou depoimento e o MPE colheu declarações de outras testemunhas.
Documentos apreendidos na casa de dois presos em São Paulo, funcionários da empresa alemã Tüv Süd, e de três funcionários da Vale em Minas estão sendo analisados pelo Ministério Público Federal. “O trabalho está sendo bem compartilhado, bem harmonizado. O fato de a jurisdição ser estadual coloca o MPE em uma situação de responsabilidade formal sobre o caso. Mas o trabalho está sendo feito em conjunto com os federais”, afirma Tonet.
As ações têm sido organizadas em conjunto desde a sexta-feira em que aconteceu a tragédia. No domingo, agentes paulistas já tinham os endereços dos presos. A atuação do MPE não é restrita às investigações. Há garantias a serem dadas às vítimas e reparações financeiras e ambientais. Nesse campo, o MPE optou por manter conversas diretas com o presidente da Vale, Fabio Schvartsman. O grupo que investiga a tragédia, cuida da assistência às vítimas e calcula todos os prejuízos causados, para cobrar a mineradora, é composto por 19 promotores criminais.
Com Agência Estado
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