Ministério Público revela rede de exploração sexual no centro de São Paulo

Condições análogas à escravidão na cracolândia, envolvimento de facção criminosa e violação de direitos humanos são temas-base das investigações

  • Por Jovem Pan
  • 06/08/2024 19h14
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LEONARDO EICHINGER/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Forças de segurança realizam operação policial na rua Santa Ifigênia, no centro da cidade de São Paulo (SP), na manhã desta terça-feira, 6 de agosto de 2024. A Operação Salus et Dignitas - expressão latina que significa saúde e dignidade - mira uma rede de crimes que vai além do tráfico de drogas e inclui também o comércio ilegal e receptação de peças de carros, armas e celulares, exploração da prostituição, captação ilegal de rádios transmissores da polícia e submissão de pessoas a trabalho análogo ao escravo. Entre os alvos dos mandados de prisão estão guardas-civis metropolitanos suspeitos de extorsão a comerciantes na Cracolândia e da venda ilegal de armas. Eles cobrariam uma taxa em troca de Operação aconteceu nesta terça-feira (6), no Centro de São Paulo

As investigações conduzidas pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que deram origem à Operação Salus et Dignitas, nesta terça-feira (6), expuseram uma rede de exploração sexual de mulheres e dependentes químicos na cracolândia, localizada no Centro da capital paulista. O foco das apurações é a atuação de empresas ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC), que operam em condições análogas à escravidão. De acordo com o Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), três hotéis na área são identificados como locais de prostituição, onde mulheres em situação de dependência química são forçadas a se prostituir em troca de drogas. Os promotores destacam que o PCC mantém um controle rigoroso sobre a exploração do território, que inclui ferros-velhos que funcionam sem a devida licença ambiental.

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Além da exploração sexual, as investigações revelaram a presença de crianças em condições insalubres, o que configura uma grave violação dos direitos humanos. Os promotores suspeitam que muitos dos materiais utilizados nesses locais são provenientes de atividades criminosas, como roubos e furtos. Alguns ferros-velhos também são utilizados como depósitos de drogas e até como “tribunais do crime” do PCC.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) se unirá às investigações para verificar possíveis violações trabalhistas nas atividades que ocorrem nesses ambientes. A situação alarmante na cracolândia evidencia a necessidade de uma resposta mais contundente das autoridades para combater a exploração e proteger os direitos dos vulneráveis.

publicada por Tamyres Sbrile

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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