Ministério volta atrás em versão de Jungmann sobre balas que mataram Marielle
O ministério da Segurança Pública mudou nesta segunda (19) a versão dada por seu ministro, Raul Jungmann, há três dias, sobre a origem das balas que mataram a vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) na semana passada.
Antes, Jungmann tinha dito que as cápsulas calibre 9 mm encontradas na cena da execução foram roubadas da sede dos Correios da Paraíba, anos atrás.
Agora, o ministério do diz em nota que Jungmann “não associou diretamente o episódio da Paraíba com as cápsulas encontradas no local do crime que vitimou a vereadora e seu motorista”.
Segundo a assessoria, o ministro “explicou que a presença dessas cápsulas da PF (Polícia Federal) no local pode ter origem em munição extraviada ou desviada”
A citação ao roubo na Paraíba, diz o Ministério, foi apenas um “exemplo de munição extraviada” dado por Jungmann.
“O arrombamento foi seguido de explosão do cofre de onde foram subtraídos objetos e valores. Na cena do crime, a PF encontrou cápsulas de munições diversas, dentre elas do lote ora investigado”, informou o ministério.
Na última sexta (16), o ministro tinha dito, literalmente: “essa munição foi roubada na sede dos Correios, pela informação que eu tenho, anos atrás, na Paraíba”.
O lote da munição encontrada ao lado dos corpos de Marielle e seu motorista são de numeração UZZ-18, extraviados da Polícia Federa, segundo a TV Globo. O UOL apurou também que a munição é do mesmo lote encontrado nas cenas do crime da chacina de Barueri e Osasco, em São paulo, a maior do Estado, quando 23 pessoas foram mortas a tiros.
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