Ministra Damares diz que ‘dentro do casamento, o homem é o líder’

  • Por Jovem Pan
  • 16/04/2019 18h30 - Atualizado em 16/04/2019 18h41
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Marcos Corrêa/Presidência da República Ministra também falou sobre violência contra a mulher em audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher

Em audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher nesta terça-feira (16), a ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, declarou que a mulher é submissa ao homem dentro do casamento. Em resposta à deputada Alice Portugal (PCdoB), Damares falou que, dentro da doutrina cristã, entende-se que “o homem é o líder”.

“Essa é uma fala que eu fiz dentro da minha igreja. É uma percepção dentro da minha fé. Não quero dizer que todas as mulheres devam ser submissas e baixar a cabeça… Mas, dentro da minha concepção cristão a mulher é sim, no casamento, submissa ao homem, e isso é uma questão de fé”, afirmou.

No entanto, ela completou que isso não a faz menos capaz de dirigir o Ministério.

Sobre a polêmica declaração de que o governo federal iria ensinar meninos a dar flores e abrir a porta do carro a mulheres, Damares disse que usou a frase de “forma simbólica”. De acordo com ela, os meninos não devem abrir somente a porta do carro, mas também “a porta da fábrica, do seu escritório, da indústria, dos partidos e dos parlamentos, para que mais mulheres estejam dentro deles também”.

Porte de armas

A ministra foi questionada, ainda, sobre a sua opinião acerca da possibilidade de se aumentar o número de feminicídios com o decreto de Jair Bolsonaro que flexibilizou a posse de armas. Frente a isso, ela disse que preferiria deixar suas impressões pessoais para um outro momento.

“O que nós podemos fazer é um debate bem técnico sobre o impacto disso na violência contra a mulher. Não dá para dizer ainda se impactou. É tudo uma expectativa de que pode aumentar. Mas o homem mata com dentes, com mão, com pau. A violência contra a mulher se configura de diversas formas”, disse a ministra.

Damares acrescentou, por fim, que “ninguém pode agredir a mulher, ninguém lá em cima, ninguém lá em baixo. A violência contra a mulher tem que ser rejeitada, seja quem for o autor”.

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