Ministro da Agricultura, Blairo Maggi critica fusão com Meio Ambiente
Após decisão do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), de fundir o ministério da Agricultura com o do Meio Ambiente, Blairo Maggi se posicionou e lamentou a escolha. Em viagem aos Emirados Árabes, o atual ministro da Agricultura afirmou que a decisão será prejudicial para o setor do agronegócio no país. Não é a primeira vez que ele comenta o assunto; durante a campanha, já havia se colocado contra.
O ministro informou que 66% do território original do país se encontra preservado, segundo números da Embrapa Territorial, “graças à ação dos produtores brasileiros”. O Ministério da Agricultura declarou, em nota, que ao longo dos últimos dois anos e meio, Maggi “viajou pelo mundo divulgando a sustentabilidade do agronegócio brasileiro e cobrando preferência pelos produtos do Brasil por causa dos custos dos produtores em manter reservas ambientais em suas propriedades”. O ministro, porém, acredita que a fusão pode enfraquecer esse discurso.
Ainda segundo Maggi, outro ponto que torna a decisão prejudicial é que, apesar de alguns dos temas das pastas estarem relacionados, outros são exclusivos e devem ser tratados com atenção. “Existem fóruns importantes nos quais o Brasil deve marcar sua posição, mas não será possível para um ministro participar de todos sozinho”, disse.
Além disso, outro argumento do ministro é que muitos dos assuntos tratados pelo Ministério do Meio Ambiente não se limitam a área do agronegócio, abrangendo outros setores, como energia, infraestrutura, mineração e petróleo, fato que seria difícil de administrar com a fusão. “Como um ministro da Agricultura vai opinar sobre um campo de petróleo ou exploração de minérios?”, questionou.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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