Ministro da Educação erra e anuncia custo de prova mil vezes menor do que o real

  • Por Jovem Pan
  • 02/05/2019 15h09 - Atualizado em 02/05/2019 15h22
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Luis Fortes / Ministério da Educação Avaliação de alfabetização custaria R$ 500 mil, segundo Weintraub; prova, na verdade, será feita por R$ 500 milhões

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou, nesta quinta-feira (2), que o custo da avaliação de alfabetização infantil do país custaria R$ 500 mil reais. A prova, no entanto, será feita por R$ 500 milhões, mil vezes mais do que o valor declarado. A informação foi corrigida no início desta tarde.

Durante a coletiva de imprensa convocada na sede do ministério para anunciar a realização da prova, Weintraub chegou a ser questionado sobre a cifra e defendeu várias vezes o uso da verba como demonstração de eficiência da pasta. “Nós estamos contingenciando recursos, o trabalho está começando agora”, respondeu. “Os impostos do contribuinte são sagrados, mas vejam que R$ 500 mil é um valor muito abaixo do que é normalmente destinado a iniciativas da Educação”.

Horas depois, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que realiza a prova com o MEC, corrigiu a fala. “O valor de R$ 500 mil foi incorretamente apresentado ao ministro e na coletiva de imprensa realizada nesta data em função de uma inconsistência material na planilha de custos elaborada pelo Inep”.

Na coletiva, o ministro anunciou que a alfabetização das crianças será avaliada por meio de amostra em 2019. A prova faz parte do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que existe desde os anos 90 no Brasil e aplica testes de Português e Matemática. São a partir dos resultados do Saeb que o MEC calcula o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que se tornou o grande indicador de qualidade do ensino no País.

A avaliação costumava ser elaborada por censo universal, mas precisou ter a abrangência diminuída por falta de recursos. “Nós estamos com o orçamento contingenciado, acabamos de chegar aqui”, justificou o ministro. “De fato, a verba para o MEC está mais baixa, estamos nos redobrando para trabalhar. Mas se eu pudesse decidir, faria a avaliação de forma universal para todos os anos”.

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