Ministro de Dilma cogita cortes no Minha Casa Minha Vida para cobrir rombo do Orçamento
O governo federal admitiu pela primeira vez que poderá cortar verbas de programas como o Minha Casa Minha Vida para ajustar o orçamento da União. A proposta orçamentária foi enviada ao legislativo com déficit primário de R$ 30,5 bilhões.
“Ainda tem mais de 1,4 milhão de casas para serem entregues na fase 2 do Minha Casa, Minha Vida. Ou seja, é um programa de grande impacto social, grande impacto orçamentário. A fase 3 certamente vai dar continuidade a isso. Evidentemente ajustada à disponibilidade orçamentária”, disse o ministro das Comunicações Ricardo Berzoini, após reinião com a presidente Dilma e outros ministros.
Berzoini destacou, porém, que programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, serão “absolutamente preservados”. Os programas governamentais que dependem de “investimentos físicos, como em educação, saúde e habitação, deve, passar por um “alinhamento” com a nova proposta ao Orçamento, admitiu o ministro.
O ministro de Dilma defendeu ainda que o os cortes no orlamento, as alternativas para cobrir o rombo sejam construídas “junto com o Congresso e com a sociedade”. O presidente da Câmara Eduardo Cunha anunciou nesta terça, entretanto, que a solução, que pode incluir aumento de impostos, deve vir do Executivo
“É preciso reposicionar todas as estratégias do governo para enfrentar essa situação econômica relevante”, disse também Berzoini. Segundo o ministro, o governo está aberto ao diálogo para chegar a alternativas para o déficit. “É posição do governo perseguir o superávit fiscal. Não vamos abrir mão de buscar alternativas, acreditamos que há alternativas de baixo impacto na inflação e na atividade produtiva e que é possível construir isso no diálogo”, destacou.
“Problemas pessoais”
Também participaram da reunião de coordenação política os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante; da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo; da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha; da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva; de Minas e Energia, Eduardo Braga; das Cidades, Gilberto Kassab; da Defesa, Jaques Wagner; da Justiça, José Eduardo Cardozo; e do Planejamento, Nelson Barbosa; além dos líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS); e no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE).
O vice-presidente Michel Temer, que sempre participa das reuniões de coordenação política, não veio ao Palácio do Planalto nesta manhã justificando problemas pessoais.
Com informações da Agência Brasil
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