Ministro de Segurança da Presidência nega espionagem a Fachin: “nenhuma prova”
O ministro de Segurança Institucional da Presidência da República, general Sergio Etchegoyen, afirmou que não houve nenhuma ação de espionagem da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) contra o ministro do STF Edson Fachin. A declaração foi dada em audiência pública conjunta nesta quinta-feira (10) das Comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e de Direitos Humanos (CDH). O general disse ainda confiar de forma absoluta na agência.
“O fato relatado não é verdadeiro, ele não aconteceu. Eu não recebi essa ordem, sequer um pedido, eu não transmiti essa ordem, sequer um pedido, e tenho confiança, veja o risco que eu tô correndo, absoluta na Agência Brasileira de Inteligência”, disse Etchegoyen.
A revista Veja publicou no último mês de junho uma denúncia de que a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) teria investigado de forma indevida o ministro do Supremo Tribunal Federal, relator da operação Lava Jato, Edson Fachin. Ele também é o responsável pelo inquérito que investiga a delação do grupo JBS, que contém denúncias contra o presidente Michel Temer.
“Não sei as razões da revista Veja pra fazer uma acusação desta gravidade, que deveria ter vindo acompanhada de provas, que não existiram. Uma ação desta natureza pressupõe que a estrutura de comando da Abin fosse marcada pela ausência de valores morais, éticos e institucionais, o que não é o caso”, disse.
O boato à época era de que Temer teria se incomodado com a atuação do ministro do STF no acordo de delação premiada de Joesley e Wesley Batista, do grupo JBS, e na operação Lava Jato. O ministro de Segurança Institucional afirmou que “não aparece nenhuma prova de que o crime aconteceu”.
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