Ministro do TCU diz que “lei é clara” e que cabe à presidente Dilma responder por “pedaladas”

  • Por Jovem Pan
  • 20/06/2015 12h57
EFE Dilma Rousseff

A auto-incriminação de ex-Secretário do Tesouro pelas pedaladas fiscais no exercício de 2014 foi rejeitada pelo relator do Tribunal de Contas da União. Em entrevista a Marcelo Mattos, o ministro Augusto Nardes explicou por quê não colou o esforço de Arno Augustin para livrar Dilma Rousseff e responsabilizou a presidente.

“As contas não são do Arno Augustin. A lei define as contas da presidente da República e compete a ela do Orçamento e das pedaladas tomar a decisão final. A lei é clara, cabe à presidente da República tomar essa decisão de fazer o contingenciamento. Cabe à presidente responder, e não o Arno Augustin”, argumentou.

O professor do Insper, Alexandre Chaia, afirmou que Dilma Rousseff agora se enrolou num episódio mais grave do que a roubalheira na refinaria de Pasadena. Ele enfatizou que a presidente tinha o domínio dos fatos e não pode alegar desconhecimento do que ocorria.

“Dizer que não conhece, não sabe o que está acontecendo neste caso específico, é bem pior que o caso de Pasadena. pasadena ela recebeu um relatório. Desta vez ela anunciava os gastos. Acho complicado e muito estranho, do ponto de vista de informação, esta carta vir à público depois de vários dias que o TCU está questionando”, disse.

O petista gaúcho Arno Augustin teria escrito documento datado de dezembro do ano passado, onde se responsabiliza pelas pedaladas. Se o Tribunal de Contas da União cair na conversa dele, estarão livres de punições pesadas tanto Dilma Rousseff, quanto Guido Mantega.

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