Ministro será questionado sobre medidas em relação à Carne Fraca

  • Por Jovem Pan
  • 31/10/2017 06h00
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EFE/Joédson Alves EFE/Joédson Alves Ministro da Agricultura Blairo Maggi vistoria produção de carne em fábrica da JBS Seara em Lapa, em março, após a deflagração da Operação Carne Fraca

O ministro da Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente, Blairo Maggi, é o convidado de audiência pública da Câmara nesta terça-feira (30). Ele deverá dar esclarecimentos à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle “sobre as providências que a pasta vem tomando com relação à Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, que investiga suposta venda de carne adulterada pelos maiores frigoríficos do País”.

A audiência está marcada para as 11h e conta com possibilidade de interação online pelo portal e-democracia. Ela foi solicitada por depoimento de Felipe Bornier (PROS-RJ). O deputado diz que é “importante debater os impactos da Operação Carne Fraca sobre a cadeia produtiva, bem como a ampla divulgação que teve a Operação que teve repercussão mundial”.

Denúncia apresentada em abril pelos procuradores da Carne Fraca mostra que durante a investigação ficou comprovada a existência de uma verdadeira organização criminosa atuando no âmbito da Superintendência Federal de Agricultura do Paraná, envolvendo inclusive suas altas cúpulas.

Foram apontados os crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, corrupção passiva privilegiada, prevaricação, concussão, violação de sigilo funcional, peculato, organização criminosa e advocacia administrativa. “Ainda foi constatada adulteração e alteração de produtos alimentícios e emprego de substância não permitida em algumas unidades frigoríficas”, diz a Procuradoria. “Entre as provas da prática ilícita dos integrantes do esquema criminoso estão tomadas de depoimentos, afastamento de sigilo fiscal e bancário e monitoramento telefônico.”

Entre as irregularidades apontadas estão a comercialização de certificados sanitários e pagamento de propina a fiscais e agentes de inspeção para que algumas empresas continuassem atuando às margens da ilegalidade. A investigação aponta, ainda, transferência de funcionários do órgão para outras unidades de atuação para atender ao interesse de fiscalizados; solicitação, promessa, recebimento e pagamento de vantagens indevidas.

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