Modus operandi dos fundos de pensão é parecido com petrolão e mensalão, vê presidente da CPI
Efraim Filho será o presidente da CPI dos Fundos de Pensão
Efraim Filho“A grande peculiaridade da CPI dos Fundos de Pensão é que não há uma investigação paralela, de grande amplitude, como na Petrobras e no BNDES”, avalia o deputado federal e presidente da CPI cujo relatório será apresentado na próxima terça-feira (18), Efraim Filho (DEM-PB). Ele, porém, vê semelhanças entre as irregularidades investigadas.
“Há de se configurar um modus operandi no fundo de pensão muito parecido com o que aconteceu no petrolão e no próprio mensalão, ou seja, aparelhamento das instituições, tráfico de influência e direcionamento para negócios que não eram vantajosos para os fundos”, afirmou Efraim, em entrevista exclusiva à Jovem Pan. “A gente sabe quem perdeu o dinheiro, que foram os aposentados, agora a missão da CPI será descobrir quem ganhou com esses negócios”.
Efraim destaca que, por não contar com investigações concretas da polícia e do Ministério Público no momento, caberá à Comissão “produzir fatos novos” a respeito das irregularidades nos fundos dos aposentados de grandes empresas estatais, como Petrobras, Correios, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco Central. “Entidades vinculadas ao tema trarão servidores para ajudar na força-tarefa de análise de muitas informações”, informa.
Efraim entende que os “déficits bilionários” nesses fundos a serem investigados estão em “uma verdadeira caixa-preta que tem sido revirada em suas entranhas”. Ouça a entrevista completa no áudio do começo do texto.
Entrevista do repórter JP em Brasília José Maria Trindade
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