Moeda única seria avanço para países da América do Sul, diz Mourão

Ideia foi abordada entre o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e empresários brasileiros e argentinos em Buenos Aires nesta quinta-feira (6)

  • Por Jovem Pan
  • 07/06/2019 14h33
Agência Brasil O vice-presidente, Hamilton Mourão

O vice-presidente, Hamilton Mourão, afirmou nesta sexta-feira (7) que a criação de uma moeda única para a América do Sul seria um avanço para os países da região. A ideia do “peso real”, como seria chamada a moeda, foi abordada entre o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e empresários brasileiros e argentinos em Buenos Aires.

Ele fez uma comparação com a União Europeia. “Óbvio que se houver possibilidade, se é factível isso, é um baita de um avanço. A União Europeia tem sua moeda única, que é o Euro. Se nós chegarmos aqui, na América do Sul, a um passo desse, acho que seria bom para todo mundo”, afirmou.

Antes de embarcar de volta para o Brasil, Bolsonaro afirmou que foi dado, na Argentina, o “primeiro passo para um sonho”, que é a moeda única entre os dois países. Mais tarde, ele voltou a defender a ideia. “De um modo geral, o país [Brasil] tem muito mais a ganhar do que perder”, disse Bolsonaro.

Por sua vez, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a proposta. “Será? Vai desvalorizar o real? O dólar valendo R$ 6,00? Inflação voltando?”, questionou ele. “Espero que não”, continuou.

Ao deixar o gabinete da Vice-Presidência, no Palácio do Planalto, em Brasília, Mourão minimizou as críticas, disse que a proposta ainda é embrionária e que é preciso conhecer seus fundamentos.

De acordo com o Banco Central, não há projetos ou estudos em andamento para uma união monetária com a Argentina, mas “diálogos sobre estabilidade macroeconômica, bem como debates acerca de redução de riscos e vulnerabilidades e fortalecimento institucional”.

*Com informações da Agência Brasil

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