Mônica Moura afirma que JBS pagou caixa dois à campanha de Dilma em 2014

  • Por Jovem Pan
  • 07/05/2016 10h20
PR - LAVA JATO/PF/JOÃO SANTANA/MÔNICA MOURA/GIM ARGELLO - POLÍTICA - Mônica Moura, esposa do marqueteiro João Santana, deixa na manhã desta terça-feira, 03, a Polícia Federal, em Curitiba (PR), rumo ao Complexo Médico Penal de Pinhais (CPM), na região metropolitana da capital paranaense. O juiz Sérgio Moro determinou na segunda-feira, 02, que o casal de marqueteiros das campanhas de Dilma e Lula, João Santana e Mônica Moura, o empresário do ABC, Ronan Maria Pinto e o ex-senador Gim Argello sejam transferidos da carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, para o Complexo Médico Penal, presídio estadual do Paraná. No caso de Mônica Moura, ela será encaminhada a um presídio feminino. A decisão atende a uma solicitação da Polícia Federal para liberar o espaço limitado da carceragem da corporação em Curitiba a eventuais novos presos detidos em flagrante. 03/05/2016 - Foto: GERALDO BUBNIAK/AGB/ESTADÃO CONTEÚDO Geraldo Bubniak/Estadão Conteúdo Mônica Moura

Aos procuradores, em depoimento para negociação de delação premiada, a mulher do marqueteiro João Santana, Mônica Moura, afirmou que a JBS pagou caixa dois à campanha de reeleição de Dilma, segundo informou o jornal O Globo.

De acordo com o depoimento, a JBS pagou de forma direta a dívida do PT com a gráfica Focal Confecção e Comunicação Visual, de São Bernardo do Campo, em São Paulo. A gráfica foi a segunda maior fornecedora da campanha da petista e recebeu R$ 23,9 milhões.

Na última semana, os marqueteiros foram denunciados pelo Ministério Público Federal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Segundo o O Globo, os pagamentos de caixa dois da JBS foram citados pela mulher do marqueteiro durante negociações para um acordo de delação premiada.

De modo legal, a JBS doou R$ 361,8 milhões nas eleições de 2014; já o pagamento citado por Moura não foi declarado pela empresa à Justiça Eleitoral.

A JBS alegou ao jornal que vê mais uma vez seu nome “envolvido em denúncias infundadas” e que não localizou em sua contabilidade qualquer registro de pagamento para a gráfica citada.

Os procuradores resistem em aceitar o acordo de delação, pois consideram que a colaboração teria mais informações para relatar do que o apresentado.

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