Moraes diz que Dilma não apoiava Lava Jato e que Temer combate a corrupção
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou, nesta quinta-feira (23), que, diferentemente do governo da presidente afastada Dilma Rousseff, a gestão de Michel Temer apoia integralmente a Lava Jato, “na qualidade de ministro da Justiça, fiz uma visita institucional ao juiz Sérgio Moro e de apoio e oferecimento de toda a infraestrutura necessária para a Operação fazer esse belíssimo trabalho”, relata. Moraes também rebateu ilações de que a visita a Moro teria a ver com a Operação Custo Brasil, deflagrada também nesta quinta.
Segundo o jurista, o governo anterior “jamais apoiou institucionalmente a Lava Jato e jamais deu suporte ao combate à corrupção. Já o governo (atual) tem apoiado totalmente o combate a esse mal”, perspectivou.
O ministro rechaçou ainda a acusação de petistas de que sua visita a Curitiba tivesse algum quê de conspiração, “ao invés de fazer fofoca, eu estava desde as 8 horas trabalhando. É um desrespeito quem fala isso, se são petistas ou não, é um desrespeito ao trabalho da Justiça, do Ministério Público e da Polícia Federal”, protestou, após reunião do núcleo institucional com o presidente em exercício Michel Temer.
O secretário municipal de Comunicação do PT, João Bravin, acusou Moraes de servir a interesses do governo Temer ao autorizar a recente ação da Polícia Federal contra membros da legenda, “associei uma conversa do (Sergio) Moro (juiz da Lava Jato) com Alexandre de Moraes, o Cunha novamente como réu e, na sequência, uma ação dessa. Vejo como (tentativa) de desviar o foco, uma tentativa esdrúxula de garantir um governo golpista que não tem como se sustentar. A cada semana temos um ministro desse governo golpista saindo. É um absurdo essa perseguição seletiva ao PT”, disse, a jornalistas, após sua manifestação.
Moraes disse que “obviamente não há nenhuma relação” de sua visita a Moro com a ação desta quinta, “basta verificar, aqueles que têm um pouco de inteligência certtamente verão, não é preciso muito QI, não, de que as datas dos mandados são anteriores à minha visita”, ironiza.
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