Moreira Franco critica acusações contra o governo e diz que recessão acabou
O secretário-geral da Presidência, ministro Moreira Franco, aproveitou o relançamento do programa “Avançar”, em cerimônia no Palácio do Planalto, para criticar as acusações contra o governo Temer. Alvo de investigações da Operação Lava Jato, Moreira Franco disse que há uma “força espiritual” por trás do programa de obras de infraestrutura: “A força que nos fez resistir e nos manteve de pé, que nos deu a resiliência necessária para enfrentar todas as acusações e ilações que, contra o governo, foram lançadas durante meses e meses, continuadamente.”
Moreira afirmou que “essa força vem do exemplo da crença, do presidente Temer, na verdade e na ordem jurídica do País”. “Vem também das nossas convicções democráticas”, disse.
Ele reafirmou que a recessão econômica acabou e a retomada das obras com orçamento público é a prova disso. “Enganaram-se, pois, os que pensaram que a cama que urdiram iria nos desmontar. Ao contrário, nos deu mais coragem para fazer com que o governo continuasse a governar”, disse Moreira. “A recessão acabou. Vencemos, pois, as adversidades. O programa avançar é mais um exemplo disso, é mais uma resposta a todos os que nos fizeram colocar à prova. Uma resposta humilde, firme, altiva e, sobretudo, com espírito púbico.”
Na presença do presidente Michel Temer e outros ministros, Moreira Franco disse que o governo retoma os investimentos públicos para retirar o País da paralisação, do desperdício e da ineficácia. “Vamos tirar a ideia de que programas de desenvolvimento servem apenas a interesses eleitoreiros. Ele retoma obras com data para iniciar e entregar, com orçamento garantido”, comentou.
O ministro afirmou que o programa conta com a presença do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e do ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, que assegura o orçamento. “Com o Avançar, estaremos resgatando para a política a confiança dos que cumprem o que prometem. O que nós queremos é restabelecer o ambiente na política. Palavra dada é palavra para ser cumprida.”
O programa, que foi inicialmente apresentado em maio, traz agora áreas complementares de investimento, englobando aportes da União, estatais e financiamentos de bancos públicos.
O pacote tem previsão de investimentos de R$ 130,97 bilhões entre 2017 e 2018, sendo R$ 42,15 bilhões pela União, conforme adiantou o jornal O Estado de S.Paulo; R$ 29,91 bilhões por projetos apoiados pela Caixa Econômica Federal, BNDES e FGTS; e R$ 58,91 bilhões pelas estatais de energia, Grupo Eletrobrás e Petrobras.
O governo ainda não detalhou que montante dessa cifra já foi aplicado neste ano e que recursos serão liberados até o fim de 2018.
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