Moreira Franco diz que, mesmo com eventual ruptura, Temer “fica onde está”

  • Por Agência Estado
  • 12/03/2016 15h16
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Brasília - O PMDB faz hoje (12) convenção nacional. 454 delegados vão eleger os membros do Diretório Nacional, que, por sua vez, vão escolher a nova Comissão Executiva Nacional (Valter Campanato/Agência Brasil) Agencia Brasil Convenção nacional do PMDB debateu questões como a situação do vice Michel Temer

O ex-ministro Moreira Franco disse que o vice-presidente Michel Temer “fica onde está”, ao comentar um possível rompimento com o governo. Na convenção nacional do PMDB, neste sábado (12), peemedebistas aprovaram uma determinação de que nenhum membro do partido poderá aceitar cargos no governo até que seja definida uma posição, em 30 dias. Com a nova definição, o deputado Mauro Lopes (MG), que iria para a Secretaria da Aviação Civil na semana que vem, não poderá assumir, a menos que opte pela desfiliação da sigla.

Moreira Franco disse que a decisão “não é contra” o deputado Mauro Lopes, mas confirmou que ele não poderá assumir a SAC, como era previsto. “Por precaução, por afirmação, a convenção aprovou que nenhum companheiro pode assumir um cargo no governo até o diretório nacional tomar a posição definitiva. O que significa que, se o diretório votar pelo rompimento com o governo, os companheiros que têm cargos no Executivo vão ter que deixar esses cargos. Se não, vão ter que sair do PMDB”, declarou o ex-ministro.

Questionado como ficará a situação de Temer na vice-Presidência, caso o partido opte pelo desembarque do governo, Moreira Franco disse que ele permanece no cargo. “A vice-Presidência da República não é cargo no governo, não tem estritamente nenhuma responsabilidade Executiva, só uma função, que é substituir nos termos da Constituição a presidente. Nessas circunstâncias, Temer fica onde está”, comentou. 

O partido deve aguardar as manifestações deste domingo, 13, para tomar decisões sobre o governo. “É claro que as ruas falam muito”, comentou Franco. Para ele, “o PMDB sempre teve, na sua história, o sentido da urgência”. Moreira Franco disse que “essa é uma urgência considerável”, já que há um desejo popular pela mudança. “É importante que a decisão do partido venha carregada com a manifestação da vontade do brasileiro de maneira robusta”.

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