Moro descarta ligação de tríplex com irregularidades da Bancoop
No mesmo despacho em que acolheu a denúncia do Ministerio Público Federal contra o ex-presidente Lula e mais sete pessoas, o juiz Sérgio Moro devolveu à Justiça Estadual de São Paulo a investigação sobre um possível envolvimento do ex-presidente no estelionato contra cooperados da Bancoop. A denúncia aceita por Moro se refere o recebimento de propina da OAS na forma do imóvel, da reforma e dos móveis do tríplex do Guarujá, no litoral paulista, e armazenamento dos seus bens.
A Justiça Paulista alegava que o apartamento do Guarujá estava relacionado ao esquema da Bancoop. Moro rejeitou esta hipótese. Segundo ele, além disso, a investigação sobre a cooperativa dos bancários é de competência dos promotores paulistas, razão pela qual ele a devolveu a São Paulo.
“Deve ela (ação penal) ser devolvida, com a supressão porém de todas as imputações relacionadas ao ex-Presidente da República e seus familiares e igualmente em relação a qualquer fato envolvendo o apartamento 164-A do Condomínio Solaris”, diz o despacho.
“Os ilustres Promotores de Justiça autores da denúncia relacionaram equivocadamente a concessão do apartamento em questão ao ex-Presidente a fraudes no âmbito da Bancoop, o que não está, em princípio, correto, considerando o teor da denúncia ora recebida.”
No fim do documento, Sérgio Moro ainda descarta uma prisão preventiva formulado pelo Ministério Público Estadual de São Paulo.
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