Moro diz apoiar reeleição de Bolsonaro, mas não nega candidatura após 2022
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou que vai apoiar a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições em 2022. Em entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, ele disse que é seu dever, por “lealdade”, ser favorável a um novo mandato do atual presidente, mas deixou em aberto a possibilidade de lançar seu próprio nome como candidato daqui alguns anos.
“Veja, eu fui convidado a participar do governo do presidente Jair Bolsonaro. Eu estou como ministro da Justiça. Estou realizando esse trabalho no âmbito da política do governo. O presidente manifestou o desejo de buscar a reeleição. E se isso acontecer mesmo, evidentemente, como parte do governo, eu tenho dever até de lealdade [de apoiá-lo]”, declarou.
“Eu acho improvável, entendeu. Agora o futuro, né… O futuro é distante. Agora, certamente, jamais concorreria contra o presidente Jair Bolsonaro, se ele for realmente candidato à reeleição. Mas como se diz assim, não existe nenhum demérito na política. A política é uma das atividades mais nobres. Agora, tem que se ter 1 determinado perfil. Eu não sei se tenho esse perfil”, continuou.
Apesar de não negar a possibilidade de tentar o cargo de presidente algum dia, Moro diz que não tem certeza se possui “o perfil” necessário para tal. “Eu não tenho esse perfil político-partidário. As pessoas fazem uma série de especulações, mas, na minha avaliação, tenho 1 perfil mais técnico. Não de juiz, pois já estou fora da carreira. Mas eu estou tentando realizar 1 trabalho relevante, numa área que eu, modestamente, humildemente, avalio que tenho algum conhecimento, que é na área da Justiça e da Segurança Pública.”
Sobre aceitar o cargo de ministro, ele disse que a decisão foi “bastante arriscada”, mas que ele achou que “valia a pena”. Moro também expressou desejo de fazer mais em seu mandato. “Nós temos conseguido construir políticas públicas importantes, principalmente no âmbito da segurança pública. Eu queria ir além. Queria ir muito além disso, mas ainda tem uma janela grande de tempo, desse mandato, para que a gente possa, além de melhorar os números da segurança pública, melhorar os indicadores da nossa Justiça”, afirmou.
Questionado sobre sua relação com o presidente, o ministro foi enfático: “ótima”. “A relação com o presidente Jair Bolsonaro é muito boa, é ótima. Falo com ele com frequência, por mensagem, telefone ou pessoalmente. Então é uma relação muito boa. Tem uma convergência muito grande em relação a essa necessidade de termos 1 sistema judicial mais efetivo, melhorar a segurança pública”, finalizou.
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