Moro diz que ‘policiais não precisam tomar tiro de fuzil para reagir’
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, disse nesta terça-feira, 2, que precisa entender melhor as circunstâncias em que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, propôs utilizar atiradores de elite contra criminosos com fuzil, mas afirmou que “policiais não precisam tomar um tiro de fuzil para reagir”.
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, voltou a defender o uso de snipers na segurança pública. Em entrevista no fim de semana, ele disse que os atiradores de elite já estavam atuando, o que motivou o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) a pedir explicações.
“O fato é que um policial não precisa levar um tiro de fuzil para reagir. Mas tem que ver em quais circunstâncias que haveria essa autorização”, disse Moro a jornalistas após a palestra na feira LAAD, de Defesa e Segurança, que acontece no Rio de Janeiro até sexta-feira, 5.
O ministro ressaltou a importância de combater organizações criminosas, sejam elas facções ou milícias. “Para mim, Comando Vermelho, PCC e milícias são tudo a mesma coisa. Muda um pouco o perfil do criminoso, mas mesmo assim estamos falando de uma criminalidade grave e que tem que ser combatida”.
Pacote Anticrime
Durante a entrevista, Moro disse ter confiança de que o Pacote Anticrime que será aprovado pelos parlamentares no Congresso. “Tenho confiança que, em mais ou menos tempo, com eventuais modificações ou eventualmente até aprimoramentos, o governo vai conseguir aprovar esse projeto”.
Antes da palestra, que foi fechada ao público, o ministro visitou estandes no mesmo pavilhão. Ele visitou o estande da Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel), conferiu carros da montadora Mitsubishi fabricados para a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e conheceu novas tecnologias como scanners e bloqueadores de sinal de celular e internet para presídios.
Moro defendeu o uso de tecnologia para reduzir custos e aumentar a eficiência do trabalho dos agentes de segurança pública. Na avaliação dele, a segurança nos presídios está entre as áreas que podem ser beneficiadas por novas tecnologias como scanners e bloqueadores. “Temos que investir na tecnologia porque isso faz com que possamos diminuir e facilitar o trabalho dos agentes e também diminuir os recursos financeiros empregados”.
*Com Agência Brasil
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