Moro esclarece que ampliação do porte de armas ‘não é medida de segurança pública’
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse em audiência na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (8) que o decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro que flexibilizou o porte de armas não é uma medida de segurança pública, mas sim uma promessa eleitoral.
“A flexibilização da posse e porte é política do presidente da República e corresponde a uma promessa eleitoral. O presidente falou que não é política de segurança pública mas que visa a atender aos anseio de seus eleitores de parte de seus eleitores de uma flexibilização da política”, afirmou.
Moro indicou ainda que houve divergências, quando questionado se assinou o decreto sem concordar com o conteúdo. “Eventuais divergências são tratadas no âmbito do governo. Isso é normal. Eu aceitei virar ministro por causa da convergência entre nós no sentido de combater a corrupção. Mas, nas políticas públicas, existe toda uma dinâmica de convergências e divergências, e isso é muito natural”, respondeu.
O ministro falou também que existem pretensões de várias pessoas que entendem que é um direito e isso está sendo preservado”. “Mas não existe delegação da segurança pública para pessoas privadas”, comentou.
O decreto ampliou a permissão para obtenção de porte de armas por políticos, caminhoneiros, advogados, pessoas que vivem em área rural, profissionais da imprensa que atue na cobertura policial, conselheiros tutelares e profissionais do sistema socioeducativo. Além disso, como já havia sido divulgado, somam-se a esses caçadores, atiradores esportivos e colecionadores, além de praças das Forças Armadas com mais de dez anos de serviço.
*Com Estadão Conteúdo
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