Moro interroga Odebrecht na ação contra Palocci

  • Por Estadão Conteúdo
  • 10/04/2017 13h11
BRA01. CURITIBA (BRASIL), 26/09/2016.- El exministro de Hacienda de Brasil, Antonio Palocci, uno de los hombres más influyentes en los Gobiernos de Luiz Inácio Lula da Silva y Dilma Rousseff, llega hoy, lunes 26 de septiembre de 2016,a declarar en el caso de corrupción de la Lava Jato donde es acusado de recibir sobornos para intervenir en ambas administraciones en defensa los intereses de la constructora Odebrecht, en Curitiba (Brasil). EFE/HEDESON SILVA EFE/HEDESON SILVA EFE - Ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci chega a Curitiba em prisão temporária para falar à Lava Jato

O juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, vai interrogar nesta segunda-feira, 10, o empreiteiro Marcelo Odebrecht na ação penal em que ele é réu ao lado do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, também preso.

Palocci é réu por corrupção e lavagem de dinheiro. Também são acusados Branislav Kontic, ex-assessor de Palocci, Marcelo Odebrecht e outros 12 investigados por corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro relacionados à obtenção, pela Odebrecht, de contratos de afretamento de sondas com a Petrobras. Odebrecht já está condenado, em uma outra ação, a 19 anos e quatro meses de prisão.

Para se livrar da cadeia, o empreiteiro fechou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. Outros 77 executivos do grupo também decidiram colaborar para evitar a prisão.

Palocci foi preso na Operação Omertà, 35ª fase da Lava Jato, em 26 de setembro. Para a força-tarefa da Lava Jato, o codinome “Italiano” em planilhas de propina da Odebrecht é referência a Antonio Palocci.

A Omertà identificou que, entre 2006 e 2015, o ex-ministro “estabeleceu com altos executivos da Odebrecht um amplo e permanente esquema de corrupção destinado a assegurar o atendimento aos interesses do grupo empresarial na alta cúpula do governo federal”. Neste esquema, segundo a denúncia, “a interferência de Palocci se dava mediante o pagamento de propina, destinada majoritariamente ao Partido dos Trabalhadores (PT)”.

A Procuradoria sustenta que Palocci atuou “em favor dos interesses do Grupo Odebrecht no exercício dos cargos de deputado federal, ministro da Casa Civil e membro do Conselho de Administração da Petrobras”.

A acusação do Ministério Público Federal aponta que o casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura, “que prestava serviços de publicidade eleitoral em diversas campanhas do Partido dos Trabalhadores, teria recebido, conscientemente e sob a supervisão de Antonio Palocci Filho, parte dos pagamentos das propinas a título de remuneração dos aludidos serviços”.

Ainda segundo a denúncia, também houve pagamento de propinas pela Odebrecht em contratos celebrados com a empresa Sete Brasil para fornecimento de sondas para utilização pela Petrobras na exploração do petróleo na camada de pré-sal. Um dos delatores da Lava Jato, o ex-gerente executivo da estatal Pedro Barusco afirmou que a estatal lançou licitação, “em cujo formato teria Antonio Palocci Filho influenciado, para o afretamento de vinte e uma sondas para exploração do pré-sal no Brasil”.

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