Moro negou à defesa de Palocci depoimento sem filmagem

  • Por Estadão Conteúdo
  • 20/04/2017 14h50
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BRA01. CURITIBA (BRASIL), 26/09/2016.- El exministro de Hacienda de Brasil, Antonio Palocci, uno de los hombres más influyentes en los Gobiernos de Luiz Inácio Lula da Silva y Dilma Rousseff, llega hoy, lunes 26 de septiembre de 2016,a declarar en el caso de corrupción de la Lava Jato donde es acusado de recibir sobornos para intervenir en ambas administraciones en defensa los intereses de la constructora Odebrecht, en Curitiba (Brasil). EFE/HEDESON SILVA EFE/HEDESON SILVA EFE - Ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci chega a Curitiba em prisão temporária para falar à Lava Jato

O juiz federal Sérgio Moro, dos processos da Operação Lava Jato, em primeira instância, em Curitiba, negou o benefício de uma audiência sem imagens do réu ao ex-ministro Antonio Palocci, ouvido nesta quinta-feira, 20. Ele é acusado em ação penal pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, como principal interlocutor do PT e do governo federal com o cartel de empreiteiras que desviou mais de R$ 40 bilhões da Petrobras, entre 2004 e 2014.

No início da audiência, o criminalista José Roberto Batochio, que defende Palocci, pediu ao juiz. “Excelência, poderia esse interrogatório ser realizado sem imagem?”

Moro negou. “Doutor, eu tenho reservado esse benefício apenas aqueles que têm feito a colaboração, então não tem uma base legal”, respondeu o magistrado.

Palocci é um dos principais delatados na mega colaboração da Odebrecht, fechada com a força-tarefa da Lava Jato. Sob o codinome “Italiano” ele teria gerido uma “conta corrente” paralela que chegou a ter crédito de R$ 200 milhões de dinheiro não contabilizado para uso nas campanhas do PT.

Possível candidato a delator, Palocci está preso, em Curitiba, desde setembro de 2016, é réu em duas ações penais abertas pelo juiz Sérgio Moro – na outra, ainda em fase inicial, o principal réu é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Palocci pediu para fazer uma breve contextualização dos episódios em que foi acusado pelo Ministério Público Federal, no início da audiência, e Moro pediu que ele a fizesse ao final do depoimento. Este processo trata do pagamento de propinas para o marqueteiro do PT João Santana, pela Odebrecht. Santana é o mais novo delator da Lava Jato.

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