Moro recebe notas de doações da Odebrecht ao Instituto Lula

  • Por Jovem Pan
  • 01/09/2017 11h56 - Atualizado em 01/09/2017 12h03
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Reprodução/MPF - Veja MPF envia a Moro documentos contra Lula

O Ministério Público Federal enviou à vara do juiz Sergio Moro quatro notas fiscais em que constam doações da Odebrecht de R$ 1 milhão cada ao Instituto Lula, revelou a “Veja”.

Os documentos teriam sido entregues pelo empreiteiro Marcelo Odebrecht quando a companhia fez o acordo de leniência com o MPF em dezembro do ano passado.

Moro recebeu também uma cópia da planilha “Programa Especial Italiano”, datada de 2014, segundo a revista. De acordo com as investigações da Lava Jato, “Italiano” pode se referir ao ex-ministro Antonio Palocci, já condenado por Sergio Moro, que teria ajudado na articulação de propina a agentes políticos.

Procuradores da Lava Jato em Curitiba devem usar as provas na denúncia em que acusam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de receber propina da empreiteira por meio do instituto além da compra do apartamento vizinho à cobertura onde Lula e sua família vivem em São Bernardo do Campo.

Moro destaca elementos de que Odebrecht comprou terreno para Instituto Lula

Nas mãos do juiz

Na última terça (29), o Supremo Tribunal Federal manteve nas mãos do juiz Sergio Moro as delações de executivos da Odebrecht.

A decisão dos ministros da Segunda Turma foi tomada nesta terça-feira (29). Os fatos apontados pelos delatores se referem a suposto pagamento de vantagens indevidas pelo grupo empresarial para que fosse beneficiado em licitação para o fornecimento de sondas de extração de petróleo na camada do pré-sal.

O procedimento investigatório foi instaurado com base nas colaborações premiadas de Márcio Faria da Silva, Rogério Santos de Araújo e Marcelo Bahia Odebrecht, que afirmaram que os valores arrecadados seriam repartidos entre funcionários da Petrobras e políticos do PT.

A defesa do ex-presidente, que havia tentado um agravo regimental para tirar as investigações do magistrado, alegou que as informações sobre supostos crimes nas delações não teriam correlação com os demais processos da Operação Lava Jato.

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