Moro: ‘Se há maioria no Congresso para 2ª instância, não há sentido em postergar’

  • Por Jovem Pan
  • 04/12/2019 11h59
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Marcos Corrêa/PR Homem de terno discursa em evento público ministro defendeu que as duas propostas, tanto da Câmara quanto do Senado, possam ser votadas paralelamente

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, defendeu rapidez na votação de uma proposta, no Congresso Nacional, que autorize a prisão de condenados em segunda instância. Ele participa, nesta quarta-feira (4), de uma audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do  Senado Federal.

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“Se tem uma maioria dentro do Congresso para aprovar essa medida, não vejo lá muito sentido para postergação. Na perspectiva da Justiça e da Segurança Pública, quanto antes, melhor”, afirmou o ministro.

Líderes do Congresso fazem um movimento para levar a discussão para ano que vem, priorizando uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Câmara dos Deputados sem que o Senado vote um projeto de lei ao mesmo tempo. O projeto de lei exige menos votos para aprovação e a tramitação é mais rápida.

O ministro defendeu que as duas propostas – tanto uma proposta mexendo na Constituição Federal quanto um projeto alterando o Código de Processo Penal para autorizar a prisão em segunda instância – possam ser votadas paralelamente.

“Quem sou eu para sugestões ou recomendações?”, ponderou o ministro, ao defender que o Congresso mande uma “mensagem” à população sobre o tema. Ele defendeu a aprovação de uma proposta nesse sentido com “certa urgência” após o Supremo Tribunal Federal (STF) alterar um entendimento derrubando a prisão após condenação em segundo grau.

Moro citou, além de casos envolvendo corrupção, a soltura de um condenado por matar um policial federal em Cascavel (PR) e de um traficante “perigoso, líder de facção criminosa” após a decisão do Supremo. “Nós precisamos sim enfrentar o problema da impunidade e da criminalidade. Não haveria melhor mensagem do que o restabelecimento da prisão após condenação em segunda instância.”

*Com Estadão Conteúdo

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