Mourão comemora acordo Mercosul x UE: ‘Passo decisivo de Bolsonaro’

  • Por Jovem Pan
  • 01/07/2019 08h54 - Atualizado em 01/07/2019 09h36
Romério Cunha/VPR "Não vou dizer que é uma vitória exclusiva do governo Bolsonaro, mas foi um passo decisivo dado pelo presidente por meio do ministério das Relações Exteriores", afirmou

O vice-presidente Hamilton Mourão comemorou o acordo comercial firmado entre o Mercosul e a União Europeia.

Na sua visão, a parceria pode render um acréscimo de até 20 bilhões de dólares na balança comercial brasileira nos próximos dez anos. “Não vou dizer que é uma vitória exclusiva do governo Bolsonaro, mas foi um passo decisivo dado pelo presidente por meio do ministério das Relações Exteriores”, afirmou em entrevista  exclusiva ao repórter Marc Souza, da Jovem Pan Curitiba.

Ao todo, foram 20 anos de discussões entre os dois blocos. “A dificuldade era chegar a um ponto em comum, onde houvesse algo que é fundamental nas relações internacionais, que é o benefício mútuo.”

Questionado se o acordo é um tipo de resposta para a oposição, que vem reclamando da postura de Bolsonaro nas relações internacionais, Mourão afirma que os críticos do presidente fazem uma agenda equivocada. “Eles têm se perdido em questões e costumes e meio ambiente. Vimos, por exemplo, na reunião dos Brics, todos os cinco países comprometidos com o acordo de Paris”, explica. “O Bolsonaro estava comprometido com o Macron, falando que ficará no acordo de Paris. A oposição tem que ser mais propositiva e menos rancorosa.”

Apesar da fala, Mourão reforçou a opinião de Bolsonaro sobre preservação do meio ambiente. “Não quero desqualificar a Merkel e nem o Macron, mas ambos não conhecem o Brasil”, afirmou. Segundo ele, os mandatários dos outros países parecem achar que cada brasileiro está com uma motosserra em mãos, cortando todas as reservas da amazônia. “O Brasil tem condições de dar exemplo para países europeus em relação ao meio ambiente.”

Intercept

O vice-presidente comentou, ainda, o vazamento de supostas conversas do Ministro da Justiça, Sergio Moro, e procuradores da operação Lava Jato.

Segundo ele, é preciso reforçar que um crime está sendo cometido de forma continuada. “Piratas cibernéticos entraram nos celulares de autoridades, retiraram conversas e estão distribuindo isso a seu bel-prazer”, reclamou. “Se eu tenho conhecimento de alguma ilegalidade, eu pego aquilo e entrego ao MP. A partir do momento que se distribui a conta-gotas, você percebe que só tem um objetivo, que é o objetivo político.”

Por fim, o vice se disse contra uma suposta demissão de Moro da equipe de governo. “Moro é de uma ética, razoabilidade e serenidade. É comprometido com o direito e a Justiça”, afirmou.

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