Movimento Mulher Sem Terra ocupa Ministério da Agricultura em Brasília

  • Por Jovem Pan
  • 09/03/2020 11h52 - Atualizado em 09/03/2020 12h03
Reprodução / Twitter Durante o ato, tinta vermelha foi jogada no chão e embalagens vazias foram deixadas para representar os agrotóxicos

Nesta segunda-feira (9), cerca de 3.500 militantes do movimento Mulheres Sem Terra, de 24 estados brasileiros, ocuparam o Ministério da Agricultura em Brasília. A ação integra a Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra.

As manifestantes reivindicaram a realização de uma distribuição de titularidades individuais dos lotes de terra para os assentados de reforma agrária, a chamada titularização das terras, que visa a privatização das áreas; os cortes nos investimentos públicos; e a liberação do uso de agrotóxicos pelo governo federal.

Para o movimento, a titularização das terras regulariza a venda de lotes da Reforma Agrária e passa ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a responsabilidade sobre áreas coletivas dos assentamentos, onde estão escolas e centros de formação organizados pelo MST.

Outro ponto de atenção é o aumento da liberação de agrotóxicos no país. Segundo o Ministério da Agricultura, foram liberados 474 agrotóxicos em 2019, que é considerada a maior liberação dos últimos 15 anos. Durante o ato, as participantes deixaram pás e frascos vazios na frente do ministério, que estariam representando as embalagens de agrotóxico.

As políticas de reforma agrária, privatização de terras, flexibilidade nas regras de regularização fundiária foram outros temas levantados durante o protesto.

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