MP abre inquérito para apurar morte de cão em supermercado
O Ministério Público de São Paulo instaurou nesta quarta-feira (5) um inquérito civil para investigar a morte por maus tratos de uma cadela dentro de uma loja da rede de supermercados Carrefour, em Osasco. O caso ganhou repercussão nas redes sociais.
A apuração ficará sob responsabilidade do promotor Marco Antônio de Souza. Ao abrir o inquérito, ele apontou que “de acordo com relatos, as agressões teriam partido de seguranças do estabelecimento”. A empresa diz que repudia maus-tratos a animais.
“O procedimento teve início após o recebimento de diversas representações e ampla divulgação do fato”, indicou a promotoria, que destacou que condutas lesivas ao meio ambiente acarretam sanções penais e administrativas.
Entenda o caso
Na semana passada, um segurança terceirizado do Carrefour foi acusado de envenenar e agredir brutalmente um cão de rua que circulava pelo estacionamento da loja da Grande São Paulo. Vídeos e fotos feitos por testemunhas comprovariam o ato criminoso.
Segundo pessoas que presenciaram a cena, o homem agrediu o animal por ordens de superiores. “Só [aconteceu] porque pessoas importantes e diretores da matriz da empresa visitariam a loja”, escreveu Isabela Marcelino, internauta que noticiou o crime.
Quem matou Manchinha?
Em nota, o mercado relatou ter acionado o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da cidade “diversas vezes” antes da violência, mas o órgão não teria comparecido para recolher de Manchinha, como ficou conhecido o animal.
O Carrefour ainda acusa funcionários do CCZ de Osasco de terem causado a morte da cadela com o uso de um “enforcador” – espécie de coleira. Por sua vez, o centro disse que Manchinha deu entrada no atendimento emergencial com vida, mas não resistiu.
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