MP apresenta mais duas denúncias contra João de Deus; casos envolvem esposa e filho do médium

  • Por Jovem Pan
  • 24/01/2019 20h07
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Cesar Itiberê/Fotos Públicas João de Deus está preso desde 16 de dezembro do ano passado

O Ministério Público de Goiás apresentou mais duas denúncias contra o João de Deus, nesta quinta-feira (24). Entre os crimes estão um caso de estupro de vulnerável com cinco vítimas e outro de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito e permitido. O caso das armas inclui a esposa do médium. Um dos filhos dele é acusado de coagir testemunhas.

João e a companheira, Ana Keyla Texeira, terão de responder à justiça, caso o tribunal aceite a denúncia, pela posse de cinco armas de fogo apreendidas no quarto do casal, pela polícia, em uma casa de Abadiânia. Três das armas seriam de uso permitido e duas, de uso restrito ou proibido, o que é considerado crime hediondo. Todas eram irregulares.

Já Sandro Teixeira de Oliveira, filho do médium, está sendo denunciado por corrupção ativa de testemunhas. No curso do processo, ele e o pai teriam tentado coagir pessoas que prestaram depoimentos à polícia e à promotoria. Uma das vítimas teria declarado que Sandro ofereceu “vantagens” pelo silêncio. Em outro caso, teria feito ameaças, armado.

Abusos sexuais 

De acordo com promotores, as cinco vítimas dos abuso sexuais agora apresentados tinham entre 23 e 38 anos na época dos crimes, que ocorreram entre março de 2010 e julho de 2016. A vulnerabilidade qualificada pelo Ministério Público deve-se à circunstância de fragilidade na qual as vítimas buscavam o réu – para tratamentos espirituais.

Todas mulheres, as vítimas desses casos são do Distrito Federal, de Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A força-tarefa que investiga João de Deus já atendeu 310 pessoas – 160 delas já prestaram depoimento. A promotoria criou o e-mail denuncias@mpgo.mp.br para a população fazer denuncias – até agora, mais de 680 mensagens foram recebidas.

Médium preso

João de Deus está preso em caráter preventivo no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia desde 16 de dezembro do ano passado, quando se entregou às autoridades policiais. O médium é acusado de ter cometido crimes de abusos sexuais contra mulheres que frequentaram a casa onde oferecia atendimento espiritual. Ele nega as acusações.

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