MP da Bahia pede nova perícia no corpo de Adriano Nóbrega
No pedido, os promotores alegam que é necessários esclarecer dados “obscuros” sobre o momento da morte do ex-capitão do Bope
O Ministério Público da Bahia (MPBA) informou nesta terça-feira (18) que pediu à Justiça que o corpo do ex-policial militar Adriano Nóbrega seja “mantido intacto” até a realização de um novo exame pericial complementar. Nóbrega foi morto no dia 9 de fevereiro, em Esplanada, interior do estado, em uma operação da Polícia Militar da Bahia e da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
No pedido, os promotores afirmam que é necessário esclarecer dados até então “obscuros” sobre o momento em que o ex-policial foi morto.
A partir do novo exame, que deverá ser feito pelo Instituto Médico-Legal do Rio de Janeiro (IML-RJ), para onde o corpo foi levado, o MP quer saber a direção que os projéteis percorreram no corpo de Adriano; o calibre das armas utilizadas; a distância dos tiros e outras informações que os peritos acharem relevantes para a elucidação da morte do ex-policial.
“A informação assim obtida poderá auxiliar na elucidação da posição de Adriano e dos policiais no momento do confronto e, com isso, superar dúvida relevante em termos jurídicos e que se situam no âmbito ilicitude da ação dos agentes de polícia”, diz o documento.
Nesta manhã, a defesa de Adriano Nóbrega pediu autorização à Justiça para realizar uma perícia independente no corpo do ex-policial militar, com o objetivo de esclarecer as circunstâncias de sua morte.
Em entrevista nesta terça, o advogado da família de Nóbrega, Paulo Emílio Catta Preta, confirmou a jornalistas que a família suspeita da primeira versão dada pela Polícia Militar da Bahia, de que ele foi morto ao reagir e trocar tiros durante uma operação policial que visava prendê-lo. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia informou que não vai comentar o assunto.
O senador Flávio Bolsonaro postou um vídeo no Twitter que mostra um cadáver, supostamente o corpo de Adriano, insinuando que ele havia sido torturado antes de ser morto.
*Com informações da Agência Brasil
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