MP denuncia homem que matou travesti e guardou coração em casa
O Ministério Público de São Paulo denunciou Caio Santos de Oliveira, de 20 anos, por ter matado uma travesti conhecida como Kelly e arrancado o coração dela. O crime ocorreu na cidade de Campinas, no interior de São Paulo, no último dia 21.
Na denúncia, o promotor O promotor de Justiça Luís Felipe Delamain Buratto relata que Oliveira não aceita e repudia pessoas que possuem orientação sexual diversa da sua — sejam transexuais ou homossexuais — e que resolveu assassinar alguém que possuísse tais características.
De acordo com Buratto, o crime foi cometido por motivo torpe e com emprego de meio cruel.
Na noite do assassinto, Oliveira e Kelly estavam no mesmo bar. Ele esperou todos saírem do local para atacá-la. A vítima foi morta por cortes de uma garrafa de vidro e com golpes de faca na cabeça e no pescoço.
“Ao atingir o resultado pretendido, o increpado, que trabalhou como açougueiro, de maneira desumana e brutal, abriu o peito da vítima e retirou parte de seu pulmão e o coração, com escopo de levar o órgão para sua casa”, afirmou o promotor na denúncia. Após o crime, ele roubou R$ 250 que estavam no caixa do estabelecimento, além de carregadores de celular, uma máquina fotográfica, um tablet, uma máquina de cortar cabelo e outros itens.
Oliveira foi denunciado por homicídio por motivo torpe, emprego de meio cruel, com o agravante penal de subtrair parte do cadáver e também por furto. O promotor se manifestou pela manutenção da prisão decretada.
O caso
Durante um patrulhamento na madrugada do dia 21 de janeiro, policias militares abordaram Caio Santos de Oliveira. Ele tinha escoriações nos braços e na cabeça e confessou ter matado Jenilson José da Silva, de 35 anos, que era conhecido como Kelly, e furtado seus pertences.
Orientados por Oliveira, os policiais foram até um bar e encontraram o corpo da vítima com o rosto lesionado e o tórax aberto. Na casa do suspeito, estavam o coração de Kelly e os objetos furtados.
O suspeito foi preso e encaminhado à 2ª Delegacia Seccional de Campinas. No dia seguinte, compareceu à audência de custódia.
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