MP do Rio realiza operação contra 11 policiais militares; R$ 253 mil são apreendidos

Dos alvos, nove foram presos; Corregedoria da Polícia Militar também ajudou nas investigações

  • Por Jovem Pan
  • 26/05/2022 18h16
Divulgação / MP Maços de dinheiro apreendidos em operação do Ministério Público sobre uma mesa Dinheiro foi apreendido na casa do capitão Anderson Orrico

O Ministério Público do Rio de Janeiro realizou nesta quinta, 26, uma operação contra 11 policiais militares, que foram acusados de extorsão, tortura, peculato e concussão – quando agente público tira vantagem do cargo para obter vantagens. A Corregedoria da Polícia Militar também participou da ação. A operação apreendeu R$ 253 mil em endereços ligados aos agentes, enquanto eram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão. Outros objetos, como armas de fogo, carregadores, munições calibres 556 e 762, supressor de ruídos, granadas, canivete, camisas da Polícia Civil, balaclava, bloqueador de sinal, rádios transmissores, e comprimidos de entorpecente também foram levados.

Os agentes são suspeitos de torturar e extorquir criminosos, com a exigência de um pagamento em dinheiro para libertá-los. O grupo começou a ser investigado após a apreensão do celular de um policial na operação Gogue Magogue, realizada em agosto de 2020 contra um grupo miliciano que explorava o serviço de mototáxis na comunidade Asa Branca, em Jacarepaguá. Os dados extraídos apontaram que o dono do aparelho e outros policiais militares lotados no GAT (Grupamento de Ações Táticas), do 24º Batalhão da Polícia Militar, e na P2 (Seção de Inteligência da Polícia Militar) do 21º BPM, criaram uma organização para recolher dinheiro de “acertos” com traficantes. Quando o acerto não era realizado, os denunciados realizavam atos de violência, que chegavam até a homicídios.

Os policiais que foram presos são: Adelmo Guerini, que foi quem teve o celular apreendido, Mário Paiva Saraiva, Antonio Carlos dos Santos Alves, Marcelo Paulo dos Anjos Benício, Vitor Mayrinck e Oly do Socorro Biage Cei de Novaes. Os outros três não foram identificados. O comandante do BPM (Batalhão da Polícia Militar) de Duque de Caxias, o tenente-coronel André Araújo de Oliveira, e o capitão Anderson Orrico, chefe do serviço reservado do mesmo batalhão, tiveram mandados de busca e apreensão cumpridos contra eles e foram afastados – a casa de Orrico foi uma das que grande quantidade de dinheiro em espécie foi apreendida.

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