MP pede explicações sobre retomada e ampliação do rodízio em SP
O Ministério Público de São Paulo exigiu explicações da prefeitura da capital paulista sobre o decreto que retoma e amplia o rodízio de veículos na cidade. As restrições à circulação de veículos haviam sido suspensas no início da quarentena, mas foram adotadas novamente como medida contra a disseminação do novo coronavírus.
Os promotores querem que a administração municipal explique em até 48 horas os impactos previstos com as mudanças. Entre a série de perguntas formuladas pelo Ministério Público, o órgão quer entender por quanto tempo vão vigorar as novas regras e que estudos embasaram adoção da restrição.
A promotoria também quer saber como será garantido que as restrições não vão impactar a circulação de serviços essenciais e como foi calculado o reforço na frota de ônibus para evitar aglomerações no transporte público.
Mudanças
Habitualmente, a restrição valia para uma dia da semana para cada veículo. Entretanto, no novo rodízio apresentado na quinta-feira (7) pelo prefeito Bruno Covas, como medida de enfrentamento à pandemia da Covid-19, os veículos com placa com número final par poderão circular apenas nos dias do mês pares e os com final ímpar, nos dias ímpares.
Além disso, ao contrário do rodízio normal, a restrição vale também para os fins de semana e durante todo o dia, não apenas nos horários de pico, como no sistema que já existia. A mudança entra em vigor na próxima segunda-feira (11).
Covas justificou a medida com o número crescente de mortes e novos casos da Covid-19. Segundo o prefeito, a ocupação dos leitos das unidades de tratamento intensivo do município já passa de 80% e, em alguns hospitais, ultrapassa os 90%.
Nesta semana, a prefeitura havia tentado colocar bloqueios em avenidas importantes da cidade como forma de reduzir a circulação. No entanto, a ação não aumentou a adesão à quarentena, além de fazer o Ministério Público de São Paulo abrir uma investigação sobre denúncias de que a restrição teria afetado o trânsito de ambulâncias.
*Com informações da Agência Brasil
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