MP investiga compra de máscaras pela prefeitura de Guarulhos

  • Por Jovem Pan
  • 15/04/2020 17h41
ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Segundo a prefeitura, preço subiu por conta da demanda de máscaras

O Ministério Público de Contas de São Paulo vai apurar a compra de 300 mil máscaras cirúrgicas feita pela prefeitura de Guarulhos, na Grande São Paulo. Segundo o procurador Celso Augusto Matuck Feres Júnior, responsável por examinar as contas do município, um procedimento será instaurado assim que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) retorne da quarentena.

O equipamento de proteção custou R$ 1,86 milhão e foi adquirido em 26 de março, ou seja – cada pela custou R$ 6,20. O preço da empresa Innovamet foi o mais baixo apresentado na tomada de preços feita pelo município. Os preços variaram de R$ 6,20 a R$ 8.

Na última semana, a prefeitura de São Paulo realizou a compra do mesmo material. A título de comparação, as 750 mil peças que foram adquiridas por R$ 3 cada unidade, totalizando R$ 2,25 milhões – ou seja, menos da metade do município vizinho. A compra foi feita com dispensa de licitação devido ao fato da capital ter decretado situação de emergência.

Outro lado

A prefeitura de Guarulhos esclareceu em nota que o “processo de compra seguiu todos os trâmites legais, com as devidas pesquisas de preços, sendo escolhida a empresa que oferecia naquela data o menor valor praticado no mercado”. O comunicado afirma que o preço foi pesquisado em mais de 70 fornecedores.

De acordo com a pasta, a compra foi feita devido à urgência de fornecer o equipamento de proteção aos profissionais do setor de saúde. “processo de compra seguiu todos os trâmites legais, com as devidas pesquisas de preços, sendo escolhida a empresa que oferecia naquela data o menor valor praticado no mercado”.

A administração municipal disse ainda que abriu uma sindicância para apurar eventuais irregularidade na compra dos itens. Além disso, informou que “após a pandemia, poderá tomar as medidas judiciais cabíveis contra fornecedores que vieram a praticar preços abusivos”.

* Com Agência Brasil

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.