MPF apresenta denúncia à Justiça contra Dirceu e mais 16 investigados na Lava Jato

O Ministério Público Federal (MPF) apresentou nesta sexta-feira (04) uma denúncia contra 17 investigados na 17ª fase da Operação Lava Jato. Entre as pessoas está o ex-ministro José Dirceu, preso desde o dia 03 de agosto, em Curitiba, no Paraná.

Segundo o MPF, pesam contra o acusações de crimes como organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. O inquérito contra os investigados foi concluído na última terça-feira (01), com isso, os documentos e provas levantados pela Polícia Federal foram enviados em seguida ao MPF. Após isso, os procuradores passaram a trabalhar na denúncia.

Agora, com a apresentação da denúncia feita à Justiça, cabe ao juiz federal Sérgio Moro determinar se aceitará ou não os argumentos do Ministério Público Federal e inicia um processo contra os 17.

Caso as denúncias venham a ser aceitas, todos os investigados serão considerados réus e, portanto, deverão responder à Justiça pelos crimes imputados pelos procuradores.

Confira abaixo os nomes dos 17 denunciados:

– Camila Ramos
– Cristiano Kok
– Daniela Leopoldo e Silva Facchini
– Fernando Antonio Guimarães Horneaux de Moura
– Gerson de Mello Almada
– João Vaccari Neto
– José Adolfo Pascowitch
– José Antunes Sobrinho
– José Dirceu de Oliveira e Silva
– Júlio César dos Santos
– Júlio Gerin Camargo
– Luiz Eduardo de Oliveira e Silva
– Milton Pascowitch
– Olavo Horneaux de Moura Filho
– Pedro José Barusco Filho
– Renato de Souza Duque
– Roberto Marques

Além de Dirceu, também foi denunciado o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto e mais 15 pessoas. Roberto Marques é apontado como o braço-direito do ex-ministro.

Luiz Eduardo de Oliveira e Silva é irmão e ex-sócio de Dirceu na JD Assessoria e Consultoria, empresa que o petista teria recebido propina do esquema de corrupção da Petrobras. Camila Ramos é filha de Dirceu.

Daniela Leopoldo e Silva Facchini é a arquiteta que reformou a casa de Dirceu em um condomínio de luxo em Vinhedo, no interior paulista. Fernando Moura, lobista ligado ao PT; seu irmão Olavo Moura; o delator Milton Pascowitch, o ex-diretor de Serviços da estatal, Renato Duque e o lobista Julio Camargo também estão entre os denunciados.

Os executivos, Cristiano Kok, José Antunes e Gerson Almada, os três da Engevix, e Julio César Santos, ex-sócio de Dirceu também constam na lista.

Segundo relatórios de investigação da PF, o esquema de corrupção atribuído ao ex-ministro José Dirceu movimentou mais de R$ 59 milhões em propinas. A Polícia Federal estimou que o valor pode chegar a ultrapassar os R$ 84 milhões.