MPF denuncia Cabral por 184 crimes de lavagem de dinheiro

  • Por Jovem Pan
  • 14/02/2017 13h42
Brasília- DF- Brasil- 29/10/2010- O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, fala à imprensa. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil Fotos Públicas Sérgio Cabral - Fotos Pùblicas

O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro denunciou o ex-governador Sérgio Cabral à 7ª Vara Federal por 184 crimes de lavagem de dinheiro. O conteúdo apresentado na denúncia é resultante da Operação Eficiência, realizada no âmbito da Lava Jato.

Cabral já é réu na mesma operação por crime de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e corrupção.

Também foram denunciados por crimes de lavagem de dinheiro:

– Carlos Miranda (147 crimes)
– Carlos Bezerra (97 crimes)
– Sérgio Castro de Oliveira (6 crimes)
– Ary Ferreira da Costa Filho (2 crimes)
– Adriana Ancelmo (7 crimes)
– Thiago de Aragão Gonçalves (7 crimes)
– Francisco de Assis Neto (29 crimes)
– Álvaro José Galliez Novis (32 crimes).

Sérgio de Oliveira, Thiago de Aragão, Francisco de Assis e Álvaro Novis foram denunciados ainda por integrarem organização criminosa liderada por Cabral.

Os doleiros Renato Chebar e Marcelo Chebar também foram denunciados.

De acordo com provas obtidas nas operações Calicute e Eficiência foi comprovado que Cabral e os outros denunciados promoveram lavagem de dinheiro no Brasil por sete principais formas.

– Pagamento, no RJ, de despesas pessoais de Sérgio Cabral e seus familiares
– Pagamento, no RJ, de despesas pessoais de Carlos Miranda e seus familiares
– Movimentação de recursos ilícitos, no RJ, para Carlos Bezerra
– Distribuição de recursos ilícitos, no RJ, por Sérgio de Oliveira
– Envio de valores ilícitos, no RJ, para Thiago Aragão
– Envio de valores ilícitos, no RJ, para Francisco de Assis Neto
– Entrega de valores ilícitos, no RJ, por Álvaro Novis aos colaboradores

Segundo a denúncia, as formas tinham como objetivo “converter os recursos de propina em ativos de aparência lícita ou distanciar ainda mais o dinheiro derivado de crimes de corrupção de sua origem ilícita”.

Os doleiros denunciados recebiam dos demais acusados dinheiro em espécie e faziam distribuição para “pagamentos de despesas em favor dos membros do grupo criminoso”.

De acordo com o MPF, “os colaboradores forneceram uma planilha de controle de caixa que aponta que os recursos por eles custodiados foram utilizados para pagamentos de despesas, no período de 1º de agosto de 2014 a 10 de junho de 2015, no valor de R$ 39.757.947,69, uma média de aproximadamente R$ 4 milhões por meês”.

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