MPF pode pedir exame psicológico de Najila; advogado da modelo é contra
A modelo Najila Trindade, que acusa Neymar de estupro e agressão, pode ter que passar por um exame psicológico quando a investigação do caso for encaminhada à Polícia Civil, o que deve acontecer nesta segunda-feira (1). O pedido deve ser feito pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP).
Segundo a promotora de Enfrentamento à Violência Doméstica, Flávia Merlini, que acompanha o caso, o procedimento é comum em situações de crimes sexuais. “Na verdade, sempre há esta possibilidade do exame psicológico em crimes sexuais. É algo muito comum neste tipo de crime para o Ministério Público pedir este tipo de prova”, afirmou nesta sexta-feira (28).
No entanto, o advogado da modelo, Cosme Araújo, é contrário à avaliação psicológica de Najila. “O advogado da vítima já soltou uma nota na imprensa de que ele seria contra esse exame por sugerir que a vítima tem qualquer tipo de problema. Então, vamos avaliar, quando o inquérito policial chegar para nós, se haverá necessidade deste tipo de diligência ou não”, ponderou Flávia Merlini.
A Polícia ouviu nesta sexta-feira (28) o último depoimento no inquérito. A advogada Yasmim Abdalla foi ouvida à tarde na 6.ª Delegacia de Defesa da Mulher e saiu sem dar declarações à imprensa.
Um dos questionamentos dos investigadores abordou o sumiço do celular de Najila. Yasmin foi questionada se viu o aparelho com a modelo. Na visão dos investigadores, o aparelho é importante, pois teria imagens do segundo encontro entre Neymar e a modelo em Paris. Najila diz que perdeu o celular, mas não registrou Boletim de Ocorrência e não pediu o bloqueio da linha.
Nesta segunda-feira (1) termina o prazo para a conclusão do inquérito. Os investigadores podem solicitar um tempo maior de apuração ou finalizar o relatório, o que é mais provável. O documento será encaminhado ao Ministério Público, que pode denunciar (fazer acusação formal contra Neymar), pedir o arquivamento ou requisitar novas diligências. A promotoria tem 15 dias para decidir.
* Com informações do Estadão Conteúdo
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