Protesto do MTST na Prefeitura de Santo André teve aglomeração e pessoas sem máscara

Guarda Municipal e Polícia Militar foram ao local, mas não houve confronto; entre as solicitações do movimento estão o cadastramento de famílias para a regularização de moradias

  • Por Jovem Pan
  • 03/09/2020 17h41 - Atualizado em 03/09/2020 20h14
Reprodução/MTST MTSR protesta na prefeitura de santo andré Antes, o MTST marchou pela cidade junto com pessoas em situação de rua

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) organizou um protesto na Prefeitura de Santo André, no ABC Paulista, nesta quinta-feira, 3. Um grupo de cerca de 250 pessoas adentrou, por volta das 15h30min, o térreo 1 do prédio, onde fica localizada a entrada para funcionários e munícipes e também a Praça de Atendimento. Os manifestantes pediam a contratação de habitação de interesse social na região, e também a regularização de documentos dos condomínios Novo Pinheirinho e Santo Dias.

Segundo a Prefeitura, o grupo desrespeitou a orientação de distanciamento social e formou aglomerações de pessoas, muitas, inclusive, sem máscaras ou com as máscaras abaixadas, gritando palavras de ordem. Cerca de 40 minutos depois, os integrantes do movimento deixaram o prédio, permanecendo na área externa do Paço, enquanto representantes da administração participavam de reunião com comissão formada pelo MTST. “A Prefeitura de Santo André reforça que repudia a aglomeração de pessoas neste momento em que a pandemia ainda não está controlada, ainda que a manifestação seja legítima em seu conteúdo”, disse a administração em nota.

A Guarda Municipal (GCM) e a Polícia Militar foram ao local, mas não houve confronto. Antes de chegar à Prefeitura, o MTST marchou pela cidade junto com pessoas em situação de rua. A reunião, que não estava marcada, contou com integrantes das secretarias de Habitação e Regularização Fundiária, Assuntos Jurídicos e Segurança Cidadã. Entre as solicitações do movimento estão o cadastramento de famílias para continuidade da regularização de moradias, discussão e cadastramento do Número de Identificação Social, além de resoluções sobre impostos.

“A Prefeitura dará prosseguimento ao diálogo com o movimento e fará todos os esforços possíveis para a solução de cada demanda apresentada, por meio da Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária e outras secretarias. Esse esforço ocorrerá mesmo com as dificuldades na tramitação de alguns processos por conta da pandemia de Covid-19, que resultam em número reduzido de funcionários por conta de afastamentos, por exemplo”, afirmou o órgão em comunicado. Mais de 900 famílias moram nos condomínios Novo Pinheirinho e Santos Dias, que foram inaugurados recentemente, após sete anos de invasão de um terreno abandonado em Santo André.

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