Mudança no FGTS é “pauta-bomba” e crise econômica pode inviabilizar projeto
A Câmara dos Deputados vota nesta terça-feira a correção do Fundo de Garantia por índice maior, equivalente ao da caderneta de poupança. O projeto deve abrir a pauta do plenário, mas ainda depende de acordo entre os líderes.
O texto original pode dobrar os rendimentos ao trabalhador para os depósitos no Fundo de Garantia realizados a partir de janeiro Apesar da resistência do governo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do PMDB, promete votar a proposta “por bem ou por mal”.
O projeto dos deputados Leonardo Picciani, Mendonça Filho e Paulo Pereira da Silva é considerado o primeiro da lista de “pautas-bomba”. O advogado José Milton Dalari considera a proposta justa, mas ressalta que o atual cenário de crise econômica pode inviabilizar a ideia. (Ouça detalhes no áudio acima)
Uma proposta alternativa, do deputado Carlos Marun, prevê parcelar em três anos o lucro anual do FGTS entre os trabalhadores. Falando ao repórter Marcelo Mattos, o advogado Wlademir Novaes Martinez acha que o modelo poderia ser mais facilmente implementado.
Hoje, a correção do FGTS é feita com base na taxa referencial, TR, em torno de 0,1% ao mês, mais juros de 3% ao ano. Ainda nesta segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff recebeu deputados da base aliada para discutir formas de desarmar a pauta-bomba da Câmara.
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