Mulher denuncia que foi estuprada, baleada e jogada de cima de ponte por João de Deus
O programa “Fantástico” da TV Globo exibiu uma entrevista neste domingo (24) com uma mulher que fez novas denúncias contra João de Deus, preso em Goiás desde 2018 sob diversas acusações de abusos sexuais. A vítima contou que foi estuprada, baleada três vezes e atirada de cima de uma ponte pelo médium quando tinha 17 anos.
De acordo com o relato, aconteceu em 1973. A menina acompanhava uma tia que fazia tratamento espiritual na Casa de Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO), até que foi pega por João e levada de caminhonete a uma ponte na cidade vizinha de Alexânia, em uma área rural. Lá, o médium a estuprou. Devido ao abuso, ainda segunda a entrevista, começou a ter hemorragia e a grande quantidade de sangue o deixou assustado. Foi aí que sacou uma arma e disparou três vezes contra ela, atirando-a de cima da ponte em seguida.
Mesmo ferida, a vítima disse que gritou por socorro e foi salva por um pescador. Uma bala permanece alojada em seu pescoço. Ela afirmou que teve medo de denunciar o caso na época. “Aquilo é um tiro que quebrou todos os meus dentes (…). Ele não é uma pessoa de Deus. Ele não é de Deus. Eu sou uma pessoa traumatizada”, disse.
Por se tratar de uma ocorrência antiga, o crime prescreveu e o médium não pode ser levado à Justiça por tentativa de homicídio.
Outro suposto assassinato
Também de acordo com o “Fantástico”, o suposto envolvimento de João de Deus no homicídio de uma alemã de 65 anos, em 2006, não foi alvo de investigação. A mulher teria sido assassinada com um tiro no queixo após acusar o médium de charlatanismo. O autor do crime nunca foi identificado.
O que diz a defesa
Também à TV, o advogado Alberto Zacharias Toron disse receber com “absoluta surpresa” as acusações e negou a participação do médium. “Tem muita gente falando coisa sem a menor prova”, declarou à Globo.
*Com Estadão Conteúdo
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