Mulher assassinada durante visita a prisão havia alertado amiga sobre ‘medo de morrer’

European Parliament/Pietro Naj-Oleari "Você sabe que estou indo no CDP, se acontecer qualquer coisa comigo, você já sabe que foi ele", disse a jovem antes de ser assassinada

Em 27 de janeiro, Nicolly Guimarães, de 22 anos, foi morta pelo ex-marido, Michael Denis Freitas, de 25 anos, preso no CDP, Centro de Detenção Provisória, de Jundiaí. Dias antes da visita, ela mandou mensagens para uma amiga dizendo temer pela própria vida.

“Vou tentar desenrolar, se ele não me matar. Você sabe que estou indo no CDP, se acontecer qualquer coisa comigo, você já sabe que foi ele”, dizia a mensagem da jovem, mais uma vítima de feminicídio.

Nicolly estava registrada como visitante íntima do detento e foi encontrada desacordada na cela por volta das 15h50. A moça foi socorrida e levada ao hospital São Vicente, mas não resistiu aos ferimentos e morreu em decorrência de traumatismo craniano. A jovem deixou um filho de quatro anos.

O preso assumiu que a agrediu após uma discussão por ciúmes, motivada pela presença de Nicolly em uma festa de aniversário. Ela havia terminado o relacionamento com Michael duas semanas antes. Freitas cumpre pena por roubo e, agora, foi transferido para a prisão de segurança máxima Presidente Venceslau, no interior do estado.

O agressor, a mãe da vítima, funcionários do CDP e o diretor do presidio já prestaram depoimentos à Polícia.