Muro da Raia Olímpica termina ano sem solução para vidros quebrados
Uma das obras mais polêmicas da história recente de São Paulo é o muro de vidro da Raia Olímpica da USP, na Marginal Pinheiros, Zona Oeste da capital.
Isso porque a ideia da Prefeitura, à época sob a gestão do governador eleito João Doria, era dar visibilidade a quem passa pela via ao interior do trecho pertencente a Universidade.
O problema é que desde sua instalação, pelo menos 30 placas de vidro quebraram, mostrando a fragilidade da estrutura.
Apenas algumas demonstraram ter sido alvo de vandalismo.
Somente nesta quarta-feira, a reportagem da Jovem Pan flagrou cinco espaços com vidros estilhaçados.
Nem mesmo em áreas onde uma película protetora é testado para dar mais resistência, houve sucesso.
Vidros sobressalentes, de reserva, estão armazenados no próprio canteiro e até vegetação começa a crescer entre o material.
No espaço sobra lixo com sacos plásticos, garrafas, tijolos e outros materiais que também poder servir para vândalos.
Em outubro, um laudo do Instituto de Criminalística, a pedido da Polícia, analisou algumas dessas placas e a conclusão é que a maior parte das peças quebrou por problemas de instalação, vibração da pista, usada por milhares de veículos pesados diariamente, além do armazenamento inadequado.
O muro de vidro, quando concluído, terá dois quilômetros e duzentos metros.
Meses atrás, o prefeito Bruno Covas informou que a prefeitura apenas finalizaria a obra quando tivesse uma solução para as quebras, mas nada foi anunciado até o momento.
O muro de vidro custou cerca de 20 milhões de reais, totalmente bancado por mais de 45 empresas da iniciativa privada.
Segundo a USP, as películas escuras também foram bancadas por empresas parceiras.
Procurada, a Prefeitura informou que todos os assuntos relacionados à construção do muro devem ser tratados com a USP.
A USP somente assumirá o muro quando a obra for concluída e buscará apoios para sua manutenção.
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