“Não cometi crime algum”, afirma Aécio após se tornar réu na Lava Jato

  • Por Jovem Pan
  • 17/04/2018 17h21 - Atualizado em 17/04/2018 17h22
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Geraldo Magela/Agência Senado Geraldo Magela/Agência Senado Aécio neves - Ag. Senado

Minutos depois de se tornar réu por corrupção passiva e obstrução de justiça, em votação unânime dos cinco ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (17), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse, em entrevista coletiva no Senado, que a decisão “já era esperada” e que provará a “absoluta legalidade e correção” de seus atos.

“O tempo me permitirá provar a absoluta correção dos meus atos. Vamos agora à fase mais relevante de todas: provar a mais absoluta legalidade e correção dos meus atos”, afirmou o senador.

O tucano voltou a sustentar que o pedido de dinheiro a Joesley era uma operação pessoal, na qual solicitou apoio para cobrir custos de sua defesa nas investigações: “Não houve dinheiro público envolvido, ninguém foi lesado nessa operação”.

Após a declaração, o senador divulgou uma nota à imprensa, na qual reforçou que não cometeu nenhum tipo de crime e que a verdade irá prevalecer, demonstrando a absoluta correção de seus atos e de seus familiares.

Veja a íntegra da nota:

Recebo com serenidade a decisão da 1ª Turma do STF, confiante de que, agora, haja espaço para a apresentação e avaliação das provas da defesa.

Estou sendo acusado tendo como base uma ardilosa armação de criminosos confessos, aliados a membros do Ministério Público, que construíram um enredo para aparentar que cometi alguma ilegalidade. Não cometi crime algum.

Minha prioridade será apresentar à Justiça todos os fatos que demonstram a absoluta correção dos meus atos e de meus familiares. Não tenho dúvida de que isso será demonstrado. A verdade há de prevalecer.

Não posso deixar de alertar que as denúncias que hoje a mim fazem foram construídas sobre sucessivas ilegalidades. É preciso que a Justiça reconheça em definitivo que não se pode considerar válidas denúncias originadas de um flagrante armado com o intuito de gerar impressão de crime, já que não há qualquer prova de que crime houve.

É preciso ainda esclarecer que a atividade parlamentar não pode ser criminalizada por aqueles que não concordam com opiniões e propostas apresentadas por deputados e senadores. E isso não em meu benefício, e sim em respeito à lei, à democracia.

Não esmorecerei enquanto não provar minha inocência. Vou fazê-lo em respeito à minha vida pública, à minha família e aos milhares de brasileiros, e especialmente mineiros, que confiaram em mim durante 32 anos de mandatos consecutivos”.

Aécio Neves

Brasília, 17 de abril de 2018.

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