‘Não creio que o Bivar sangrasse o partido todos os meses em benefício próprio’, diz Bebianno sobre laranjas
O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, afirmou que não acredita na existência de um esquema de laranjas para desvio de dinheiro no PSL. “Desde o início, não me pareceu que o Luciano Bivar fosse um chefe partidário que sangrasse o partido todos os meses em benefício próprio”, afirmou em entrevista ao programa Os Pingos nos Is nesta terça-feira (19).
Bebianno foi presidente do PSL durante alguns meses de 2018 enquanto Luciano Bivar concorria a uma cadeira na Câmara dos Deputados. Ele explicou que o partido tinha três caixas e que Bivar estava guardando o dinheiro recebido pelo fundo partidário. “Na conta do PSL Mulher tinha mais ou menos R$ 1,2 milhão. Isso significa que ao longo dos anos, o Bivar acumulou dinheiro do PSL Mulher”, disse. Segundo o ex-ministro, o partido tinha cerca de R$ 4 milhões em caixa.
Gustavo Bebianno ainda afirmou que não ganhou nada com a presidência do PSL. “Assumi o partido só com o ônus de fazer funcionar bem para a candidatura do presidente. Só tive ônus e dor de cabeça”, lamentou.
Ele acredita que Luciano Bivar não tenha cometido nenhuma irregularidade no PSL. “Não creio que o Luciano Bivar fosse fazer alguma bobagem. Confio no deputado e acredito que ele tenha agido de acordo a lei”, disse Gustavo Bebianno.
Sobre a crítica ouvida do próprio presidente, de que estaria levando o “inimigo para dentro de casa “ao agendar uma reunião com Paulo Tonet Camargo, diretor de Relações Institucionais da Rede Globo, Bebiano lembrou que dois outros colegas de governo já haviam se sentado à mesa com ele – os generais Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Santos Cruz (Secretaria de Governo).
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